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Boeing quer voltar a operar 737 MAX ainda em 2020

Com a reputação manchada por dois acidentes que mataram 346 pessoas, empresa se compromete a atualizar passageiros e investidores sobre suspensão

Por Da Redação Atualizado em 22 jan 2020, 12h57 - Publicado em 21 jan 2020, 21h04

Alvo de desconfiança depois de dois acidentes que mataram 346 pessoas envolvendo o modelo 737 MAX, a Boeing, fabricante do avião, se manifestou sobre a aeronave nesta terça-feira, 21. De acordo com a empresa, a expectativa é de que a operação, suspensa pela agência reguladora dos Estados Unidos desde março do ano passado, possa ser retomada até “meados de 2020”. “Essa estimativa atualizada tem com base nossa experiência com o processo de certificação. Ela está sujeita às nossas tentativas contínuas para abordar riscos conhecidos do cronograma e desenvolvimentos adicionais que possam surgir em conexão com o processo de certificação”, escreveu a empresa.

Segundo a companhia, a estimativa envolve o “exame que as autoridades reguladoras estão aplicando devidamente em todas as etapas de sua análise do sistema de controle de voo do 737 MAX”. De acordo com a Boeing, a Administração Federal de Aviação (FAA), entidade de aviação dos Estados Unidos, e outras agências reguladoras globais vão determinar quando o modelo poderá retomar suas operações. A empresa, que chegou a recomendar que a aeronave não fosse utilizada, se comprometeu a atualizar periodicamente as negociações com a agência americana. “Para ajudar nossos clientes e fornecedores no planejamento de suas operações, periodicamente fornecemos a nossa melhor estimativa de quando as agências reguladoras começarão a autorizar a operação”, diz a nota.

A companhia aérea Gol informa que não vai rever seu plano de frota. Atualmente, a companhia possui sete aeronaves 737 MAX paradas no Brasil e receberá mais 16 do mesmo modelo, que já estavam previstas no planejamento para 2020 e hoje se encontram montadas no pátio da Boeing, em Seattle, nos Estados Unidos. Em nota, a Gol “reforça sua confiança na Boeing, parceira exclusiva desde o início da empresa em 2001 e reitera que o MAX continua sendo o pilar da estrutura de custos e estratégia de internacionalização de sua malha”.

O vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, afirmou que a empresa espera obter aprovação para o retorno dos voos do 737 MAX até meados do ano por causa de análises de autoridades de aviação sobre o sistema de controle de voo da aeronave. “Nós da Gol estamos planejando abril”, disse Lark. Ele disse que espera finalizar um acordo com a Boeing nos próximos meses que compensará os investidores por perdas associadas aos atrasos nas entregas.

(Com Reuters)

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