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Bill Gates acusa Elon Musk de “matar crianças pobres” com cortes em agência

Fundador da Microsoft anunciou que vai acelerar os próprios gastos com filantropia e que pretende deixar apenas 1% de sua fortuna US$ 108 bi para os filhos

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2025, 09h58 - Publicado em 9 Maio 2025, 09h56

O bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, acusou o também bilionário Elon Musk, o homem mais rico do mundo, de “matar as crianças mais pobres do mundo” por meio dos cortes de programas humanitários promovidos pelo governo americano. Musk comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), criado pelo presidente Donald Trump para reduzir gastos públicos e reduzir o quadro do funcionalismo.

Em janeiro, essa política de cortes fechou a torneira dos recursos para a agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID), cujo orçamento no ano passado foi de 44 bilhões de dólares. Entre os programas atendidos pela USAID estavam iniciativas de combate a doenças como Aids, tuberculose e malária em países pobres, além de apoio educacional e de promoção de investimentos e de geração de empregos.

Como exemplo do dano causado pelas medidas adotadas por Musk, Gates citou o caso de um hospital em Moçambique, na África, dedicado ao acompanhamento de mulheres grávidas portadoras de HIV para que o bebê não seja contaminado. O hospital fica em uma província do país chamada Gaza. Musk cortou o financiamento para a instituição, acreditando que a USAID estava distribuindo preservativos para a Faixa de Gaza, território palestino onde se desenrola uma guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas. “Eu adoraria ir com ele para visitar as crianças que agora estão infectadas com HIV porque ele cortou o dinheiro”, disse Gates em entrevista ao jornal Financial Times.

Gates, que também já foi o homem mais rico do mundo, é um ativo filantropo. A Fundação Gates, que ele criou, gasta quase 8 bilhões de dólares por ano em diversos projetos de combate à pobreza, com foco nas áreas de saúde, igualdade de gênero, desenvolvimento global e educação. O empresário pretende deixar de herança para os filhos “apenas” 1% de sua fortuna avaliada em 108,7 bilhões de dólares, segundo a lista de pessoas mais ricas do mundo da Forbes. “Podem falar muita coisa de mim quando eu morrer, mas estou determinado a fazer com que ‘ele morreu rico’ não seja uma delas”, disse Gates.

O bilionário de 69 anos anunciou que vai acelerar os gastos com filantropia até que o dinheiro acabe em 2045, quando as atividades da sua fundação serão encerradas. Em vez restringir os investimentos nos projetos para que a instituição se torne permanente, ele quer gastar mais enquanto estiver vivo para causar o maior impacto positivo possível em um espaço menor de tempo. Sua estimativa é que, nos próximos 20 anos, a Fundação Gates vai investir um total de 200 bilhões de dólares em seus programas.

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