Bets irregulares serão suspensas a partir desta terça-feira pelo governo
Usuário terá 10 dias para solicitar o resgate de seu saldo nos serviços antes que as plataformas sejam retiradas do ar. Até 600 sites devem sair de operação
A partir desta terça-feira, 1º de outubro, as bets que não pediram autorização para operar no país terão as atividades suspensas. A suspensão valerá até que a empresa entre com um pedido, e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda conceda a permissão.
Os sites não autorizados continuarão a ser acessados até 11 de outubro, quando serão retirados do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Neste tempo, o apostador póderá solicitar o dinheiro que está como site nesses sites.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que até 600 páginas e aplicativos que funcionam de forma irregular serão bloqueados. “Se você tem algum dinheiro em casa de aposta peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo”, alertou Haddad.
A lista das empresas que fizeram o pedido está disponível na página do Sistema de Gestão de Apostas do Ministério da Fazenda (Sigap). Até o fim da tarde de segunda, o sistema registrava 162 pedidos de 158 empresas. Apenas nos últimos sete dias, 27 empresas fizeram pedidos.
Regunlamentação
De outubro a dezembro só poderão continuar funcionando os sites autorizados e que já estavam atuando. Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas suspensas poderão fazer o pedido a qualquer momento, mas irão para o fim da fila.
A expectativa é que a pasta conclua, até dezembro, o processo de análise dos pedidos protocolados até agora. A partir da aprovação, as empresas deverão pagar R$ 30 milhões de outorga para operar legalmente até três marcas cada uma por cinco anos, como estabelece a Lei 14.790/2023, que legalizou as apostas eletrônicas no país. A partir de janeiro, as empresas que operarem sem autorização estarão sujeitas a punições, com multas de até R$ 2 bilhões por infração.
As apostas online foram liberadas no Brasil em 2018, mas só no ano passado foi aprovada a lei de regulamentação para este serviço.
(Com Agência Brasil)