Barbie cria iniciativa para combater desigualdade de gênero
A partir dos 5 anos, meninas deixam de se identificar com cientistas e presidentes, aponta estudo
A fabricante de bonecas Barbie anunciou nesta terça-feira, 9, uma iniciativa para combater a desigualdade de gênero. O projeto, intitulado “Brecha do Sonho”, reúne ações que buscam inspirar meninas e conscientizar os adultos.
A partir de um estudo de pesquisadores das universidades de Nova Iorque, Illinois e Princeton, a empresa concluiu que, nos primeiros anos de vida, as garotas não distinguem profissão e gênero. A partir dos 5 anos, elas deixam de se identificar com cientistas, presidentes e astronautas. E perdem a confiança.
“A Barbie quer que todas as garotas alcancem seu potencial e acreditamos que empoderá-las desde cedo é muito importante para que isso seja possível”, disse a diretora geral e vice-presidente sênior da Barbie, Lisa McKnight.
Segundo a marca, é mais comum que pais pesquisem no Google “Meu filho é talentoso?” do que “Minha filha é talentosa?”. Também é três vezes mais provável que adultos presenteiem garotos com brinquedos científicos.
Para combater a “brecha”, a Barbie vai lançar campanhas para conscientizar adultos sobre a desigualdade. Todo ano, a marca também vai colocar em destaque dez exemplos femininos de empoderamento. “Dizer a uma menina que ela pode ser qualquer coisa é apenas o começo: ver que ela pode ser qualquer coisa faz toda a diferença”, disse a empresa em comunicado.
A Mattel, fabricante do brinquedo, já comercializa modelos da boneca exercendo profissões predominantemente masculinas, como a Barbie Policial, Astronauta, Desenvolvedora de Jogos, Piloto de Avião e Engenheira Robótica.