Bancos recuperam pouco mais de R$ 1 bi dos quase R$ 42 bi que perderam em valor de mercado na véspera

Instituições financeiras estão no centro de um nó jurídico causado pela guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos

Por Daniel Fernandes SEGUIR SEGUINDO 20 ago 2025, 17h47

Diminuição de juros abalou a rentabilidade das principais instituições financeiras privadas do país — Bancos perderam valor nesta semana na bolsa de valores (Eladio Machado/VEJA)

Os principais bancos brasileiros recuperaram nesta quarta-feira, 20, uma porção diminuta do valor de mercado que perderam um dia antes na bolsa de valores. Bradesco, Banco do Brasil, BTG, Itaú e Santander recuperaram 1,67 bilhões de reais com as valorizações de hoje – haviam perdido quase 42 bilhões, ou seja, a diferença ainda está na casa dos 40 bilhões de reais. Os dados são da consultoria Elos Ayata.

Os bancos brasileiros estão no centro do imbróglio jurídico derivado da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos, que começou com a taxação em 50% das exportações do país para os americanos e terminou ontem na bolsa de valores.

Em breve, essas instituições financeiras podem ter de decidir entre cumprir o que determina a Lei Magnitsky ou seguir a determinação do Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes, ele próprio implicado na Magnitsky, afirmou nesta quarta-feira que os bancos podem ser punidos se bloquearem ativos por ordem dos Estados Unidos.