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Atividade econômica cresce pelo 6º mês, mas indica ritmo mais lento

Em outubro, IBC-Br avançou 0,86%, abaixo da estimativa de mercado, após diminuição do valor do auxílio emergencial; indicador do BC é 'termômetro' do PIB

Por Larissa Quintino Atualizado em 14 dez 2020, 10h09 - Publicado em 14 dez 2020, 09h44

Termômetro do Banco Central usado para medir como está a atividade econômica no país, o IBC-Br indica que a economia segue em recuperação gradual. O índice engatou a sexta alta mensal consecutiva, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 14. Em outubro a atividade econômica avançou 0,86%. Apesar do crescimento, o índice mostra desaceleração em relação aos meses anteriores: em setembro o crescimento foi de 1,29%. Em junho, mês de alta mais forte, o avanço foi de 4,89%.

Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. A alta da atividade em outubro era esperada devido a continuidade da retomada de dados de indústria, comércio e serviços, medidos pelo IBGE, mas veio abaixo da expectativa do mercado financeiro. Segundo projeções da Bloomberg, analistas esperavam o nível de atividade econômica em 1,05% neste mês. A desaceleração no nível de atividade em outubro tem como ponto importante a diminuição do valor das parcelas do auxílio emergencial. O benefício pagou cinco parcelas de 600 reais a trabalhadores informais afetados pela crise e, entre setembro e outubro, o valor diminuiu para 300 reais. As parcelas complementares serão pagas até o dia 31.

 

No acumulado do ano, o indicador recua -4,92%. Os dados mostram que, apesar da retomada vista nos últimos meses, há um grande impacto na quebra de oferta e demanda, provocado pela crise da Covid-19, principalmente no mês de abril. Para 2020, os economistas estimam recuo de -4,41 no PIB, segundo dados do Boletim Focus divulgados nessa segunda-feira.

Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. O resultado do PIB do segundo trimestre, por exemplo, trouxe avanço de 7,7%, enquanto o IBC-Br do mesmo período subiu 9,72%.

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