Atividade econômica acelera 1% no terceiro trimestre, segundo a FGV
No acumulado do ano, o Monitor do PIB da FGV registra expansão de 3% atingindo 8,639 trilhões de reais
A atividade econômica brasileira cresceu 1% no terceiro trimestre de 2024, em comparação ao segundo trimestre, calcula a FGV. Em valores, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado até o terceiro trimestre atingiu 8,639 trilhões de reais.
A taxa de investimento medida no período foi de 17,4%, o valor está acima da taxa de investimentos média desde 2015 e um pouco abaixo da taxa de investimentos média desde 2000, segundo o levantamento.
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. Em setembro o PIB avançou 0,7% frente a agosto. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 4,2% no trimestre e 4,1% no mês. No acumulado de 12 meses, o PIB registra alta de 3,0%.
O resultado, diz Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, mostra a continuidade do bom desempenho da atividade econômica que vem sendo observado ao longo do ano. “Pela ótica da produção, o grande destaque é o forte crescimento da indústria, que ocorreu de forma disseminada. Além disso, o setor de serviços também cresceu, a despeito de ter desacelerado, enquanto a agropecuária retraiu no trimestre. Pela ótica da demanda, o consumo e os investimentos seguem em trajetória de crescimento pelo terceiro e quarto trimestre consecutivos, respectivamente”, diz Juliana Trece.
O PIB é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil. Entre os setores de produção, a indústria liderou o crescimento, com alta generalizada. O setor de serviços cresceu, mas desacelerou, enquanto a agropecuária teve retração, segundo mostra o Monitor PIB-FGV.
O consumo das famílias cresceu 4,5% no trimestre, embora com leve desaceleração. Já os investimentos, mensurados pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiram 9,7%, impulsionados por máquinas, equipamentos e construção.
As exportações cresceram 2,4%, com destaque para bens de consumo, mas desaceleraram em relação ao início do ano. As importações, por outro lado, subiram expressivos 20,2%, o maior aumento desde 2021, com forte impacto de bens intermediários e serviços.