As principais queixas dos consumidores sobre a Black Friday
Uma das dicas é pesquisar os preços com antecedência, incluindo o custo do frete na comparação
Os consumidores devem ficar atentos às promoções anunciadas pelo comércio para a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira ,24. O principal cuidado é com a veracidade da promoção.
Nas edições anteriores, órgãos de defesa do consumidor encontraram problemas que vão de maquiagem de preços até não entrega ou entrega de produto diferente do comprado.
Para evitar cair em armadilhas, o consumidor deve pesquisar os preços com antecedência. Dessa forma saberá se o preço realmente está menor que o anunciado na Black Friday. Também é preciso ficar atento ao custo do frete. Muitas vezes, o valor do produto parece ser mais barato, mas o frete subiu tanto que a compra fica mais cara que antes da Black Friday. Na hora de pesquisar e comparar preços, é preciso incluir o custo com frete para avaliar se há realmente vantagem econômica.
Veja abaixo lista dos principais problemas registrados na Black Friday de 2016 pelo site Reclame Aqui:
- Propaganda enganosa
- Divergência de valores
- Problemas na finalização da compra
- Produto indisponível
- Promoção
Para evitar casos em que o preço do produto anunciado muda na hora de finalizar a compra, o consumidor pode tirar um print ou fotografia da tela. Com isso, terá a prova da divergência entre o preço anunciado e o preço cobrado.
Outro problema comum é o de finalização da compra. Isso acontece quando o cliente faz a compra e na hora de pagar o site sai do ar. No ano passado, uma das empresas que mais receberam reclamações foi a Adidas, segundo o Procon-SP. A empresa cancelou cerca de 6.000 compras em razão de um problema no site que fez com que todos os produtos tivessem o mesmo preço.
Neste ano, a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, fechou uma parceria com os Procons e o site Reclame Aqui. O objetivo é intensificar a fiscalização para identificar as fraudes. O Reclame Aqui remeterá à Senacon o resultado do monitoramento digital das ofertas realizadas pelo comércio eletrônico.
A diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Ana Carolina Caram, diz que é preciso desconfiar de ofertas com preços muito inferiores aos praticados no mercado: “Sites fraudulentos costumam adotar essa estratégia, mas quando as investigações têm início, já foram retirados do ar e os responsáveis não são encontrados para indenizar a vítima e responderem criminalmente.”
Ana Caram diz que algumas das denúncias dos anos anteriores resultaram na abertura de investigações na última Black Friday.
Uma empresa responde a processo administrativo, acusada de ter entregue produto diferente do que foi adquirido pelo cliente. A multa para esse caso pode chegar a 9,5 milhões de reais.