Arrecadação federal vai a R$ 228,8 bi em abril e registra novo recorde

Desempenho veio em linha com o projetado pelo mercado; variação é positiva em 8,3%

Por Kaype Abreu
Atualizado em 21 Maio 2024, 12h30 - Publicado em 21 Maio 2024, 10h40

A arrecadação bate recorde ante o mesmo mês do ano anterior desde outubro de 2009 — A arrecadação bate recorde para o mês de abril (Beatriz Albuquerque/VEJA)

A arrecadação total das receitas federais atingiu em abril de 2024 o valor de 228,8 bilhões de reais, um crescimento real de de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a Receita Federal nesta terça-feira, 21. O resultado é o melhor para o mês de abril na série histórica da Receita, iniciada em 1995.

O desempenho está em linha com o esperado pelo mercado, que projetava arrecadação de 229 bilhões de reais para o período. Especialistas, no entanto, observam que dificilmente o governo deve conseguir cumprir a meta fiscal neste ano. O objetivo do executivo é zerar o déficit primário neste ano.

No período acumulado de janeiro a abril de 2024, a arrecadação alcançou o 886,6 bilhões de reais, representando um acréscimo pelo IPCA de 8,33%. Segundo a Receita Federal, esse é o melhor desempenho arrecadatório desde 2000 para o quadrimestre.

Quanto às Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em abril de 2024, foi de 213,3 bilhões de reais, representando um acréscimo real de 9,1%, enquanto no período acumulado de janeiro a abril de 2024, a arrecadação alcançou 838 bilhões de reais, registrando acréscimo real de 8,4%.

De acordo com a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e pela tributação dos fundos exclusivos em conformidade com a Lei 14.754, de 12 de dezembro de 2023. ” Massa salarial vem performando muito bem em 2024 e, como a base tributável da receita previdenciária são os salários, a massa salarial acaba sendo uma variável muito importante para o comportamento da receita previdenciária”, afirmou Marcelo Gomide, coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal.