Após ultrapassar os 140 mil pontos, Ibovespa tem forte queda de 1,59% – dólar recua
Bolsa brasileira passa por movimento de correção e taxa de câmbio opera de olho em déficit fiscal nos EUA

Após ultrapassar pela primeira vez o nível dos 140 mil pontos no pregão de ontem, o Ibovespa, principal índice da B3, registrou forte queda de 1,59% no fechamento desta quarta-feira, 21, aos 137.881 pontos. O dólar, por sua vez, encerrou em queda de 0,46%, cotado a R$ 5,64.
Sem grandes catalisadores para os negócios, os investidores continuam processando as notícias que chegaram durante essa semana tanto no cenário internacional quanto no doméstico. Nos Estados Unidos, o destaque ainda são as preocupações em relação ao aumento do déficit fiscal do país. O presidente Donald Trump defende um orçamento que prevê cortes grandes de impostos, o que pode aumentar ainda mais o rombo nas contas públicas. A proposta do republicano está sendo discutida no Congresso americano.
“Essa incerteza nos EUA fez o dólar enfraquecer frente às outras moedas e os juros dos títulos públicos americanos subirem bastante.”, comenta Luise Coutinho, head de produtos e alocação da HCI Advisors.
No Brasil, o principal índice da bolsa passa por um movimento de correção e realização de lucros, após renovar a sua máxima histórica e ter causado euforia no mercado. Segundo João Paulo Fonseca, head de renda variável da HCI Advisors, os bancos Itaú e Bradesco, duas das companhias mais influentes para os negócios, chamam atenção pelas quedas diárias em seus papéis. No fim do pregão, as ações do Itaú registraram queda de 2,01%, enquanto as do Bradesco encerraram em baixa de 1,78%.
A estatal Petrobras também teve uma pequena participação na desvalorização do Ibovespa. Os papéis da mineradora encerraram em queda diária de 1,31%.