Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Após polêmica, porta-voz diz que Bolsonaro não intervirá nos juros do BB

Segundo general Rêgo Barros, o presidente fez comentário sobre baixar a taxa do Banco do Brasil em 'ambiente muito amigável'

Por André Romani 29 abr 2019, 20h23

O porta-voz da presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, disse na noite desta segunda-feira, 29, que o presidente Jair Bolsonaro não quer nem intervirá na política de juros do Banco de Brasil. Pela manhã, Bolsonaro pediu, em evento com agricultores na cidade de Ribeirão Preto (SP), que o presidente do banco estatal, Rubem Novaes, diminuísse a taxa de juros para setores do agronegócio.

“O presidente não quer e não intervirá em qualquer aspecto que esteja relacionado a juros dos bancos que estão, em tese, sob o guarda-chuva do governo”, disse o porta voz. “Quando o presidente fez esse comentário, foi em um ambiente muito amigável”, acrescentou.

Mais cedo, durante o Agrishow, evento que reuniu agricultores de todo o país, Bolsonaro disse: “Eu apenas apelo, Rubens (Novaes) —me permite fazer uma brincadeira aqui, né?—, eu apenas apelo para o seu coração, para o seu patriotismo, para que esses juros —tendo em vista você parecer um cristão de verdade — caiam um pouquinho mais. Tenho certeza que as nossas orações tocarão o seu coração”.

A afirmação de Bolsonaro repercutiu no mercado e chegou a derrubar as ações ordinárias —que dão direito a voto— do banco estatal em quase 2%, que, no entanto, acabaram fechando estáveis, com leve alta de 0,04%. Impactos também foram sentidos em outros bancos, já que a dinâmica de mercado obrigaria parte deles a mexer em sua política econômica também. As ações preferenciais do Bradesco, por exemplo, fecharam entre as mais negociadas do dia e apresentavam queda de 1,31%. Já os papéis preferenciais do Itaú caíram 0,8%.

A intervenção na taxa de juros tem um histórico recente. Em 2012, no governo de Dilma Rousseff, a presidência decretou uma redução na taxa de juros de bancos públicos, com o argumento de igualar as taxas nacionais àquelas praticadas no mercado internacional. A medida desagradou ao mercado na época.

Continua após a publicidade

Ingerência no Banco do Brasil

Na semana passada, Bolsonaro já havia vetado uma propaganda do Banco do Brasil que estimula a abertura de conta-corrente por meio do aplicativo da instituição financeira e é marcado pela diversidade e juventude dos personagens. O diretor de comunicação e marketing da estatal, Delano Valentim, foi afastado do cargo.

O Banco do Brasil afirmou que o presidente da instituição, Rubem Novaes, concordou com Bolsonaro sobre a necessidade de retirar do ar a peça publicitária. O afastamento de Valentim, que está de férias, foi um “consenso”, segundo o banco, que não informou o motivo do veto presidencial à campanha, que estava no ar desde o início de abril.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.