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Aporte de estrangeiros na Bovespa foi recorde no dia do depoimento de Lula à PF

Ingresso de recursos externos na bolsa brasileira somou 2,1 bilhões na última sexta-feira, o maior volume em mais de nove anos

Por Da Redação
9 mar 2016, 16h22

Na última sexta-feira, os investidores estrangeiros surpreenderam ao injetar 2,12 bilhões de reais na Bovespa, o maior volume para um só dia desde janeiro de 2007, conforme dados levantados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O aporte fora do comum ocorreu no dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi obrigado a depor à Polícia Federal em mais uma fase da Operação Lava Jato.

Os estrangeiros foram em busca de ativos brasileiros por verem uma chance maior de mudança de governo. Esses investidores têm se mostrado otimistas com o cenário de uma eventual mudança de governo, tida por eles, segundo profissionais do mercado financeiro, como possibilidade de inflexão da economia.

O consenso de muitos fundos globais baseados nos Estados Unidos e na Europa era de posição short (vendida) em Brasil, principalmente nas ações de estatais e de bancos, afirma James Gulbrandsen, sócio da NCH Capital, gestora especializada em mercados emergentes sediada em Nova York. Mas, com a possibilidade de mudança de governo, essa estratégia está se revertendo. O que comprova isso é que, nos últimos pregões, os papéis que mais subiram foram justamente os das empresas que mais constavam em operações vendidas, caso de siderúrgicas e Petrobras.

Na avaliação do chefe de análise da Planner Corretora, Mario Mariante, o atual contexto político e econômico não permite a montagem de posições de médio e longo prazo. “O mercado está trabalhando muito no curtíssimo prazo em função do contexto político que estamos vendo”, afirmou. “Não há fundamentos para acreditar num mercado de alta consistente de longo prazo. Mas também não vejo condições de montar uma posição vendida agora. Está mais temeroso carregar posição vendida nesse momento.”

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Petrobras ON (ações ordinárias, com direito a voto) acumula ganho de 31% apenas nesses primeiros dias do mês. A ação PN (preferencial) tem valorização de 45%. CSN, outra ação em forte alta, acumula ganho de 37%. Esse movimento técnico foi bastante nítido também no pregão desta terça-feira, com a ação do Banco do Brasil, que fechou com alta de 10,90%, a 20,25 reais, na máxima do dia. Segundo comentário do Itaú BBA, os investidores cobriram posições underweight (abaixo da média do mercado) por causa das incertezas no cenário político.

O saldo dos investimentos estrangeiros na Bovespa em março já é de 4,8 bilhões de reais. No ano, ele totaliza quase 7 bilhões reais. Esse fluxo bilionário de não-residentes em apenas quatro pregões em março alterou profundamente o retrato do giro financeiro na bolsa brasileira. Na sexta-feira, dia do recorde de fluxo estrangeiro, o volume negociado (16,97 bilhões de reais) foi o maior desde 27 de outubro de 2014 (17,8 bilhões de reais), quando se observa somente os pregões sem vencimento de opções. Naquele pregão, que teve queda de 2,77% do Ibovespa, analistas e investidores reagiam à reeleição de Dilma Rousseff.

(Com Estadão Conteúdo)

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