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Alvo da 14ª fase da Lava Jato, Odebrecht já sofre efeitos no mercado

Nesta segunda, papeis da empresa negociados na bolsa caíram 9,5% e o volume de compras e vendas das ações quintuplicou

Por Da Redação
23 jun 2015, 09h59

A prisão do principal executivo e dono da Odebrecht na última sexta-feira já se reflete nos negócios com os papéis da dívida externa da empresa. A média diária do volume de negócios com os bônus da Odebrecht está cinco vezes maior do que vinha registrando nos quinze dias anteriores à prisão de Marcelo Odebrecht. Além disso, os papéis chegaram a cair 9,5% nesta segunda-feira, no pico de baixa do dia.

Dados repassados por operadores do mercado de renda fixa mostram que os negócios com bônus da Odebrecht somaram 14 milhões de dólares contra uma média de 2,7 milhões de dólares que vinha sendo registrada. Isso significa que cresceu em cinco vezes as compras e vendas do papel. Já os títulos da Andrade Gutierrez ficaram praticamente estáveis ontem, depois de terem perdido 15% do valor na sexta-feira.

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Os volumes acima da média e a queda dos papéis expressam a preocupação dos investidores com os desdobramentos da prisão de Odebrecht. Os investidores temem a perda do grau de investimento, que representa uma nota de crédito de alta confiança na empresa. Mas também estão apreensivos quanto a possíveis multas a serem pagas pela companhia e à falta de acesso ao crédito e a novos contratos que podem afetar sua capacidade de pagamento da dívida externa, segundo profissionais do mercado.

“Os investidores começam a ficar preocupados com o impacto das investigações daqui em diante na atividade da empresa no Brasil e no exterior e em sua capacidade de pagamento, por consequência”, disse o vice-presidente de renda fixa da INTL FCStone, Rodrigo Steiner. Ele lembra que a companhia tem muitas operações no exterior e que os eventos aumentam o risco de comprometimento da imagem da empresa também fora do Brasil.

O responsável por renda fixa da corretora Andbank, em Miami, Carlos Gribel, acrescentou que, embora muitos dos argumentos que pesam contra os bônus não sejam novos, a prisão do executivo elimina o álibi de que não figurava no grupo de detidos pela Lava Jato, até então utilizado pela Odebrecht para se blindar do escândalo de propina na Petrobras.

“No final das contas, a pressão vendedora é causada pela incerteza quanto à reação das agências de rating, aos montantes de eventuais multas, ausência de funding e o efeito em seu resultado que certamente será afetado”, pontuou Gribel.

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(Com Estadão Conteúdo)

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