AGU pede que Google adote medidas para evitar ‘desordem informacional econômica’

Durante o feriado de Natal, a plataforma errou ao informar o valor de negociação do dólar – segundo erro do gênero em dois meses

Por Camila Barros SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 26 dez 2024, 17h30 - Publicado em 26 dez 2024, 17h21

Google, criadora do Bard, programa de inteligência artificial, pede que seus funcionários limitem o uso desse tipo de tecnologia - — Google (Google (Soumyabrata Roy/NurPhoto/Getty Images)/VEJA)

Em ofício enviado nesta quinta-feira, 26, a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou ao Google que adote medidas para evitar a “desordem informacional econômica”. Durante o feriado de Natal, a plataforma de buscas errou ao informar o valor de negociação do dólar, indicando uma cotação de R$ 6,38. Na ocasião, o mercado de compra e venda de dólares estava fechado, e havia encerrado o dia anterior com a moeda cotada a R$ 6,18. Após o erro, o Google suspendeu a ferramenta que exibe a cotação do dólar em sua busca.

Esta foi a segunda vez em dois meses que o Google errou a cotação do dólar. Em 6 de novembro, a plataforma informou o valor de R$ 6,19 para a moeda americana – enquanto a máxima daquele dia, na realidade, foi de R$ 5,86.

Endereçado ao diretor-geral do Google no Brasil, Fábio José Silva Coelho, o ofício diz que o Google precisa ter cuidado ao publicar informações relacionadas a dados econômicos. A AGU também aponta que a integridade das informações oferecidas pela plataforma é importante em especial para proteger os pequenos investidores, que costumam utilizar o buscador para tomar decisões financeiras.

“Destaca-se que a desordem informacional pode ter potencial de interferir na percepção do mercado ou de pequenos investidores, e pode comprometer a eficácia de política pública federal de estabilização cambial”, diz o documento.