Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Ações do Banco do Brasil caem de novo; entenda o que motivou novo tombo

Temor na Faria Lima e no Leblon passa por eventuais punições aos bancos pelos EUA, boato que ganhou força com o início do julgamento de Bolsonaro

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2025, 19h53 - Publicado em 2 set 2025, 18h14

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) viveu novo capítulo de desvalorização no Ibovespa. O papel caiu 3,18% e o resultado poderia ter sido pior, uma vez que o ativo abriu a sessão de terça-feira, 2, com desvalorização em torno de 6%. Pesou contra o temor do mercado em relação a eventuais punições a serem efetivamente aplicadas por Donald Trump, no âmbito da Lei Magnitsky, aos bancos brasileiros em geral e, em especial, à estatal do sistema financeiro. O temor se intensificou com o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF por participação nos atos golpistas registrados em 8 de janeiro de 2023.

Mas é importante ressaltar. Conforme indicou o Banco do Brasil à VEJA NEGÓCIOS, não há o que indique sansão ao banco ou qualquer especificidade do BB em relação aos seus pares de mercado. O banco informa faz algum tempo que cumpre integralmente com a legislação do sistema financeiro no país e no exterior.

Mas esse posicionamento não tem bastado para acalmar a Faria Lima, em São Paulo, e o Leblon, no Rio de Janeiro, que são os dois polos do mercado financeiro. “O mercado está morrendo de medo dele (Donald Trump) usar a Lei Magnitsky para punir os bancos, e aí o Banco do Brasil seria o mais afetado”, indicou Bruce Barbosa, sócio e fundador da Nord Investimentos, casa que administra oito bilhões de reais em ativos.

Panorama das ações do BB

É a segunda queda consecutiva do Banco do Brasil, que na véspera já havia perdido 1,40%. Os boatos e rumores atuais derrubam, inclusive, uma trajetória de recuperação do papel na bolsa de valores, uma vez que a ação experimentava três altas consecutivas antes da segunda-feira. A última queda, também expressiva, havia sido superior a 2%, mas em 25 de agosto. A volatilidade que se tornou rotina para o departamento de relações com investidores do banco causa desvalorização de quase 27% nos últimos seis meses. Esse comportamento parece inevitável no curto prazo, mas os fundamentos da empresa são sólidos.

Continua após a publicidade

É claro que o Banco do Brasil enfrenta dificuldades no quintal de casa. Os resultados financeiros ruins neste ano se originam na inadimplência do agronegócio. Isso pesa porque o banco é o maior financiador do segmento no país. Mas nisso, ao contrário dos boatos, o banco consegue atacar.

E de fato, o fez recentemente. Após os resultados ruins apresentados no segundo trimestre, o BB apresentou ao mercado um plano de ação. Admitiu o problema da inadimplência e mostrou um plano de ação que parecia ter convencido o mercado. Em tempo: a inadimplência do agronegócio é hoje de 2,73 bilhões de reais. A maior da história na relação do banco com os agricultores.

Bancos em queda

Seja como for, os bancos todos tiveram desempenho ruim nesta terça-feira, um indicativo de que os investidores estão com a visão pessimista para além do Banco do Brasil. O Itaú (ITUB4), maior banco da América Latina, caiu 1,70%. Outro peso-pesado, o Bradesco, caiu 1,88% (BBDC3) e 1,26% (BBDC4). O Santander (SANB11), um pouco menos: 0,39%. Ao contrário do BB, as demais instituições financeiras não comentam as oscilações de seus papéis na bolsa de valores.

Dito tudo isso, o sinal de alerta deve permanecer ligado e qualquer novidade vinda dos Estados Unidos tem potencial para causar mais estragos no valor de mercado dos bancos e no desempenho da bolsa de valores de maneira geral.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ÚLTIMA SEMANA

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 2,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$2,99/mês.