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Abrainc se reúne com Lula em meio esforço por novas fontes de crédito imobiliário

Associação também deve manifestar preocupação com o impacto da alta da Selic sobre o setor imobiliário, enquanto Copom inicia primeira reunião sob Galípolo

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jan 2025, 10h36

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antonio França, se reunirá nesta terça-feira 28 com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro está marcado para as 11h. A entidade pretende apresentar números sobre a evolução do mercado, além de preocupações coma trajetória da taxa básica de juros, a Selic.

Segundo a Abrainc, as vendas de imóveis novos no país cresceram 21,5% no acumulado de janeiro a outubro do ano passado (dados mais recentes) e superaram as 155 000 unidades. O crescimento ocorreu a despeito da alta da Selic, que voltou a subir a partir da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada em setembro passado, quando a taxa passou de 10,50% para 10,75% ao ano. Desde então, a Selic já avançou para 12,25%.

A audiência da associação com Lula ocorre no mesmo dia em que o Copom inicia sua primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo. Se o roteiro deixado por seu antecessor, Roberto Campos Neto, for cumprido, a autoridade monetária elevará os juros em 1 ponto percentual, para 13,25%. Assim, a Abrainc deve aproveitar o encontro para manifestar a Lula suas preocupações sobre o impacto dos juros altos no setor, ao inibir investimentos e afugentar potenciais compradores.

Outro fator que pressiona o mercado imobiliário é a queda do saldo da caderneta de poupança, uma das principais fontes de financiamento para a produção e aquisição de imóveis no país. De acordo com a Abecip, entidade que reúne as empresas de crédito imobiliário, a poupança acumulou saques líquidos de 24 bilhões de reais no acumulado de janeiro a novembro.

Com a demanda por imóveis aquecida de um lado, e os recursos da poupança escasseando de outro, a Caixa Econômica Federal, principal agente de financiamento do setor, adotou restrições para a concessão de crédito a partir de novembro. O impacto foi imediato, de acordo com a Abecip. O número de unidades financiadas caiu 15% em relação a outubro, para 47 000. Já o valor financiado recuou 17% na mesma base e somou quase 15 bilhões de reais.

Por isso, a Abrainc vem defendendo a diversificação de fontes de crédito para o setor – um pleito que também deve ser levado a Lula no encontro de hoje. Entre as opções mais lembradas por entidades setoriais e bancos, estão a captação de recursos via LCI (Letra de Crédito Imobiliário), CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), LIG (Letra Imobiliária Garantida) e FIIs (Fundos Imobiliários).

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