‘Abrace’ a inflação: Tesouro IPCA+ é aposta certa para investir, diz Etti Partners
Investimentos em títulos de inflação são voláteis, mas representam grande oportunidade de ganho real
O investimento em títulos do governo indexados à inflação pode até ter um grau maior de risco, diante da volatilidade que tais títulos apresentam ao acompanhar o desempenho do próprio indicador de referência — o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Mas uma coisa é certa: esses títulos, sobretudo os de prazos mais longos, não oferecem só risco, mas também um nível de retorno potencial muito grande, em que até faz sentido “abraçar” a volatilidade. A opinião consta em carta enviada a clientes da gestora de recursos Etti Partners.
De acordo com a carta, assinada pelo diretor de investimentos da casa, Rodrigo Knudsen, ao comprar um conjunto de títulos do Tesouro ligados ao IPCA — chamados de NTN-B e, popularmente, Tesouro IPCA+ — com prazo acima de cinco anos, as chances do investimento superar o desempenho do CDI, referência usada para a taxa “livre de risco”, são de 86%. Porém, se o investidor adquirir os títulos quando eles estão pagando IPCA+6%, a probabilidade histórica é de 100%.
“Portanto, uma alocação, por exemplo, na NTN-B com vencimento em 2035 ou na NTN-B para 2045 tem uma probabilidade enorme de bater o CDI, se segurada por pelo menos cinco anos”, diz a carta. “Não dá para ficar de fora, mas isso requer que o cliente entenda exatamente o que está sendo feito, e o tamanho da posição seja de acordo com seu perfil de risco.”
Ainda segundo a carta, no pior dos cenários, ou seja, se o investimento feito não superar o CDI no período, no mínimo o investidor terá garantido retorno real — isto é, acima da inflação, já que os títulos Tesouro IPCA+ pagam a inflação do período investido acrescido de uma taxa. Para o investidor, é a joia da coroa. “Preservou seu patrimônio”, destaca a gestora.