A resposta do Santander após novo caso de racismo contra Vini Jr.
O acordo da La Liga com o Santander vence ao fim desta temporada; decisão de não renovar contrato passou por casos de racismo
O banco Santander, dono dos naming rights da La Liga, e que tem o Brasil como seu maior mercado, afirmou em nota que “repudia veementemente qualquer manifestação de preconceito ou racismo”. O atacante brasileiro Vini Junior foi vítima de um novo ataque racista, neste domingo, 21, na derrota do Real Madrid para o Valencia, por 1 a 0, pela La Liga Santander, primeira divisão do campeonato espanhol de futebol.
O mais novo caso de racismo — o nono do campeonato — explodiu também no colo do banco, acusado nas redes de conivência com a competição que ele patrocina desde 2016. Fato é que o Santander abriu mão de renovar o compromisso com o Campeonato Espanhol ainda no ano passado também por causa dos recorrentes casos de racismo na competição. Faltam duas rodadas para o fim do acordo.
A EA Sports, empresa de jogos eletrônicos, adquiriu o espaço por 30 milhões de euros a partir da próxima temporada, valor bem superior aos 17 milhões de euros que o Santander pagava anualmente. O contrato será válido por cinco anos.
Neste domingo, parte da torcida do Valencia chamou o brasileiro de “macaco”. O jogo chegou a ficar paralisado por cerca de oito minutos no segundo tempo. O brasileiro foi expulso após confusão com o goleiro adversário. Após o caso, o presidente da La Liga, Javier Tebas, foi às redes se pronunciar e alegou que o astro brasileiro precisava “se informar melhor sobre as ações de La Liga contra o racismo”. Em resposta a Tebas, Vinicius Junior disse que ele prefere atacá-lo a criticar os racistas das torcidas espanholas. Ele também reiterou que a imagem de La Liga está sendo abalada com os seguidos episódios de discriminação e a negligência das autoridades competentes.