A resposta de Silva e Luna sobre sua possível permanência na Petrobras
Depois da desistência de Adriano Pires de assumir o comando da empresa, general reitera que não há possibilidade de permanecer no cargo

Mesmo aventada nos bastidores da empresa, a permanência do general Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras é refutada por ele. “Não”, simplesmente, respondeu o general a uma mensagem enviada por VEJA perguntando se havia a possibilidade de continuar no cargo depois da desistência do economista Adriano Pires de assumir o comando da estatal. O presidente Jair Bolsonaro, agora, corre contra o tempo para resolver o imbróglio na empresa. É desejo de Bolsonaro demover Pires da ideia de não assumir a Petrobras — mas o economista parece seguro de sua decisão.
O governo terá dez dias para nomear um novo presidente para a empresa. Luna já foi avisado pelo governo que seu nome não será incluído na próxima assembleia-geral de acionistas da empresa, mas as recusas de Pires, de presidir a empresa, e de Rodolfo Landim, de aceitar a indicação para presidente do conselho de administração da companhia, podem fazer com que a União volte atrás e o mantenha no cargo por mais tempo — no entanto, é mais provável que outro diretor assuma a petrolífera de forma interina.
Bolsonaro indicou o desejo de substituir Luna com intuito de ter maior influência junto à política de reajuste de preços dos combustíveis. Em entrevista a VEJA, o general relatou pressões do presidente Bolsonaro durante seu período à frente da estatal. “Houve indicações nesse sentido, mas confesso que isso não me incomodou. Eu não ia fazer. Então, eu dormia tranquilo”, disse Silva e Luna. “Meu apego a cargo é zero, nunca tive. Vim para servir. Entendi que tinha de cuidar da empresa, a parte política não cabia a mim.”