Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

A pressão de Haddad no Congresso por ajuda para cumprir a meta fiscal

Cobrança ocorre em um contexto onde o próprio governo tem mostrado uma tendência de não tomar medidas significativas para a redução de despesas

Por Luana Zanobia Atualizado em 8 Maio 2024, 13h10 - Publicado em 18 abr 2024, 14h24

Antes de o governo entregar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), propondo a alteração da meta fiscal de um superávit primário de 0,5% do PIB para um déficit de zero em 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já vinha solicitando ao Congresso maior agilidade na tramitação de projetos de lei essenciais para aumentar a arrecadação do país. Agora, com a proposta de alteração de resultado primário, a pressão aumentou.  

O tema ganhou ainda mais notoriedade após o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançar um alerta ao Brasil, recomendando “um esforço fiscal mais ambicioso”. Este aviso vem na esteira de um ajuste nas previsões do Fundo, que agora projeta o déficit nas contas públicas brasileiras aumentando de 0,2% para 0,6% do PIB para este ano. Apesar de o governo visar um déficit zero em 2024 e 2025, nos cálculos do FMI o país só alcançará esse equilíbrio em 2026. A organização também apontou para o risco de crescimento dos gastos públicos, especialmente em um ano de eleições municipais no Brasil, o que poderia complicar ainda mais o panorama fiscal.

Durante cumprimento de agenda Washington, nos Estados Unidos, Haddad sublinhou o papel crucial do Congresso para que o governo consiga  equilibrar as contas públicas. Na ocasião, ele mencionou a Medida Provisória (MP) 1202/23, cujo objetivo principal é restringir o uso de compensações tributárias para créditos decorrentes de decisões judiciais. Essa medida faz parte de uma estratégia mais ampla para reequilibrar as finanças públicas. 

A MP 1202/23 foi aprovada por uma comissão mista do Congresso na terça-feira e está prevista para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. Se passar, ainda precisará ser aprovada pelo Senado antes do prazo final em 31 de maio. Originalmente, a MP, promulgada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abordava o fim da desoneração da folha para 17 setores econômicos e municípios, mas esses itens foram excluídos do texto e estão sendo tratados separadamente em projetos de lei específicos.

Na proposta inicial do governo Lula, estava prevista a reoneração gradual da folha de pagamentos dos 17 setores econômicos que haviam se beneficiado de uma desoneração desde o governo de Dilma Rousseff. Esta desoneração, estendida até 2027, foi objeto de intenso debate e enfrentou significativa resistência no Congresso. O governo então recuou, retirando o trecho da MP para manter apoio político, mas o ministro e auxiliares da área econômica volta e meia usam o episódio para cobrar responsabilidade fiscal do Congresso, já que não houve fonte de compensação de aumento de despesa apontada.

Toda essa pressão, no entanto, ocorre em um contexto onde o próprio governo tem mostrado uma tendência de não tomar medidas significativas para a redução de despesas. Ao mesmo tempo, a revisão da meta fiscal, sugere uma abertura para potenciais aumentos nos gastos públicos. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.