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A multa milionária aplicada pelo governo à Itapemirim por voos cancelados

Órgão vinculado ao Ministério da Justiça condenou a empresa a pagar R$ 3 milhões; Ita parou de voar em dezembro, deixando 40 mil passageiros sem o serviço

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 Maio 2022, 00h31 - Publicado em 4 Maio 2022, 08h41

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), condenou a Itapemirim Transportes Aéreos a pagar multa de 3 milhões de reais pelo cancelamento e falta de assistência aos consumidores. Em dezembro do ano passado, a companhia parou de voar e deixou 40 mil clientes de 514 voos sem o serviço às vésperas do Natal. A decisão está no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 4.

Segundo a Senacon, a empresa descumpriu o Código de Defesa do Consumidor ao deixar de informar a situação da companhia para os clientes. Ainda de acordo com a secretaria, a companhia não cumpriu as regras de cancelamento de voos estipuladas pela Anac, que determinam a realocação do passageiro em outros voos ou reemboso integral do valor pago. Segundo o Ministério da Justiça, para a estipulação da multa foi considerada a gravidade do dano ao consumidor, o porte da empresa e a receita mensal bruta. A Itapemirim tem até 30 dias para recorrer da decisão. Segundo o ministro da Justiça, Anderson Torres, a medida “é exemplo para evitar que casos assim ocorram novamente”.

O valor da multa, no entanto, não será destinado aos passageiros prejudicados. O dinheiro será depositado no Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), que se dedica a projetos que previnam ou reparem danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e artístico, ao consumidor e a outros interesses difusos e coletivos.

Bens bloqueados e negócio suspenso

Em abril, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou o bloqueio de bens do empresário Sidnei Piva de Jesus, do grupo Itapemirim, e de todas as empresas abertas por ele desde o início da aprovação do plano de recuperação judicial do grupo, em 2016.

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O grupo está em recuperação judicial desde 2016, com dívidas tributárias de quase 2 bilhões de reais. Já a Ita começou a operar em junho de 2021, mas suspendeu as operações seis meses depois, alegando “reestruturação interna”.  Com a crise na empresa, as linhas de ônibus, negócio principal do grupo, foram suspensas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

A operação da empresa aérea estava sendo negociada, mas devido o imbróglio na Justiça, o processo não deve andar. Em entrevista ao UOL, o empresário Galeb Baufaker Júnior confirmou que desistiu da compra da Itapemirim Transportes Aéreos e do Ita Bank, segundo documento anexado ao processo de recuperação judicial do Grupo Itapemirim. Baufaker disse que a decisão é temporária, até a realização da assembleia geral de credores do grupo, que deve acontecer em maio, e que as negociações serão retomadas depois disso. 

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