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A moeda que Stuhlberger não aposta contra: “cemitério de gestor”

Para o gestor, Donald Trump, presidente dos EUA, claramente "está repensando" sua agenda de tarifas comerciais

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jan 2025, 17h47

À frente da gestão de um dos mais antigos e rentáveis fundos da indústria, o fundo Verde, Luis Stuhlberger até pode ver espaço para “apostar contra” alguns ativos — mas a China não é uma das opções quando o assunto é o mercado de câmbio. Segundo o gestor, a despeito das dificuldades que o país asiático tem em diversas frentes, ficar contra a China nesse quesito “é um cemitério de gestor”.

“Não tem como (a China) dar certo no longo prazo”, disse Stuhlberger em evento do UBS realizado na tarde desta terça-feira, 28. “Mas eu sei que apostar contra a China, não no caso de bolsa, mas em moedas é um cemitério de gestor.”

Para Stuhlberger, as questões que levam a China a se afastar do posto de maior economia do mundo, ultrapassando os Estados Unidos, esbarram em problemas difíceis de equacionar. Para o gestor, o gigante asiático “é uma economia de capital fechado”, que gera US$ 1 trilhão na balança comercial, mas tem investimento em portfólio negativo, além de uma política expansionista de crédito “imensa”.

“Vamos ter uma moeda que vai pegar o lugar do dólar? Isso não tem a menor chance de acontecer, porque também ninguém confia na China”, ponderou.

Stuhlberger também acredita que o governo de Donald Trump nos Estados Unidos será muito assertivo em algumas agendas ligadas a aspectos sociais e progressistas, a uma postura anti-imigração e de desregulamentação, mas talvez com algumas mudanças na condução da sua política tarifária, sobretudo em relação aos chineses.

“As três primeiras (anti-imigração, desregulamentação, e sociais) seguem o mandato dado a ele para ser eleito”, afirmou. “Mas claramente ele está repensando, com uma calma que não é estilo dele, uma agenda de tarifas. Eu diria que foi uma grande surpresa pelo menos para o que o mercado precificava”, completou, destacando que essa vantagem que a China passou a ter em termos de negociação com os Estados Unidos será um tema explorado nos próximos meses, sem imposição de tarifas antes disso.

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