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A ligação dos caminhoneiros aos atos golpistas e bloqueios de vias

Líder da greve em 2018, Chorão afirma que há tentativas de vincular categoria a atos criminosos

Por Luisa Purchio Atualizado em 9 jan 2023, 16h14 - Publicado em 9 jan 2023, 14h48

Presidentes de associações e entidades que representam caminhoneiros repudiaram manifestações contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva que resultaram em atos terroristas nos prédios dos três poderes, em Brasília, e bloqueiam estradas ainda nessa segunda-feira, 9. “Tem muita gente usando nome de caminhoneiro, mas nós não apoiamos e não patrocinamos esses atos”, diz Wallace Jardim, mais conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – Abrava e líder da greve dos caminhoneiros de 2018 que paralisou o país.

“Nossa participação é zero, não vamos nos envolver em movimento político. Se fosse movimento para buscar melhoria para os caminhoneiros, como redução dos impostos ou aumento do frete, certamente não iríamos sepultar os atos, mas não é o caso”, diz Ailton Gomes, presidente da Associtanque RJ, que representa os caminhões que transportam combustíveis. Ele afirma que há boa expectativa em relação ao diálogo com o novo governo Lula e que agora espera conseguir prorrogar definitivamente a desoneração sobre os combustíveis. “Nós fomos respondidos pelo novo governo, esperamos que o diálogo seja melhor que com o governo anterior”, diz.

Segundo Gomes, os caminhões-tanque estão circulando normalmente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, sem prejuízos decorrentes de bloqueios de estradas e refinarias. Em Goiás, no entanto, afirma que há atos isolados impedindo a passagem por rodovias. Representantes da categoria no estado afirmam que o bloqueio é realizado por caminhoneiros ligados a poucos produtores do agronegócio que não aceitam o resultado das eleições.

Em entrevista à VEJA, Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, afirmou que “é inaceitável a ação de movimentos de vandalismo” e que “nós como brasileiros precisamos defender a democracia, o amor pela pátria e não esse movimento que estamos vivendo”. Em relação aos bloqueios em Goiás, afirmou que “é até uma demonstração de ignorância apoiar algo que é contra o agro”, uma vez que os produtores precisam ser eficientes nas entregas.

Bloqueio de refinarias

De acordo com comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), “fracassou a tentativa de atos terroristas com a finalidade de impedir a distribuição de combustíveis e aumentar o caos no país”. De acordo com a entidade, em Manaus, cerca de 50 manifestantes permaneciam na via de acesso às distribuidoras, mas sem bloqueios e com presença massiva da Polícia Militar.

As refinarias operam em normalidade sem manifestações nas proximidades em Suape, em Pernambuco, em Linhares, no Espírito Santo, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, em Betim, em Minas Gerais, e em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A FUP informou que em São José dos Campos, em São Paulo, manifestantes tentaram impedir o acesso dos caminhões à distribuidora Vibra e no início da manhã a Polícia precisou negociar para desbloquear a pista. Dessa maneira, cerca de 30 pessoas permanecem acampadas em barracas, com presença da Polícia Militar.

Já em Ribeirão Preto, Barueri, Paulínia e Mauá, em São Paulo, não há qualquer manifestação nem bloqueio de refinaria, bem como em Osório, no Rio Grande do Sul (RS). Em Canoas, no entanto, também no RS, cerca de 50 manifestantes se concentram em frente ao acesso à refinaria, porém há forte presenta da Polícia Militar e Rodoviária. Já em Araucária, no Paraná, o Batalhão de Choque da PM retirou os manifestantes que bloqueavam o acesso às distribuidoras durante a madrugada desta segunda-feira, 9.

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