A decisiva visão do eleitor sobre economia na reta final da campanha
Percepção sobre a dificuldade de superar a crise se assemelha a curva de intenções de voto no primeiro turno
Há poucos dias do primeiro turno, a opinião do eleitor sobre a economia brasileira continua sendo um ponto crucial para a decisão dos votos no pleito presidencial. Segundo a pesquisa realizada pelo Banco BTG Pactual/Instituto FSB Pesquisas, a maioria do eleitorado vê a situação da economia do país como ruim e difícil de ser superada. São 51% que afirmam que a situação é difícil. Outros 36% são um pouco menos pessimistas, e veem que apesar de estar ruim, o país está conseguindo superar.
A pesquisa mostra que a curva das respostas a essa pergunta se assemelham muito com a curva de intenção de votos dos eleitores no primeiro turno, em situação de estabilidade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua em primeiro, com 45% dos votos. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) está em segundo, com 35% das intenções captadas pelo levantamento.
A estabilidade na curva da percepção sobre a economia se mantém em outros questionamentos feitos pelo instituto. Quando perguntados sobre a própria situação financeira, a maioria (49%), afirma que a situação no último mês é a mesma que no anterior — mesmo patamar que se mantém desde agosto.
Nos últimos meses, o que oscilou mesmo foi a curva da percepção da inflação brasileira. Se, em maio, 70% declaravam que os preços ficavam mais caros, esse índice hoje é de 36%. A queda nessa curva, ocorreu principalmente em julho deste ano, com a diminuição do preço dos combustíveis, efeito da diminuição do ICMS sobre os produtos e também da queda do barril do petróleo.
A pesquisa do BTG/FSB foi realizada entre os dias 23 e 25 de setembro com 2.000 eleitores entrevistados por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08123/2022.