A crise no Reino Unido tem direito a greve que pode fazer faltar cerveja
Em meio a inflação recorde e troca de comando no país, greve deve causar desabastecimento de cervejas em pubs na principal região consumidora
Em meio a uma troca de primeiro-ministro e à maior inflação dos últimos 40 anos, os britânicos têm uma preocupação a mais: podem ficar sem cerveja durante uma semana por causa de uma greve de cerca de 1.000 motoristas. Eles são responsáveis por cerca de 40% das entregas do produto no Reino Unido.
A paralisação, programada para 31 de outubro a 4 de novembro, deve afetar as entregas de grandes cervejarias, como Heineken, Stonegate, Admiral Taverns e Shepherd Neame, para bares e outros locais de venda.
O sindicato Unite informou que a proposta da empresa de logística GXO de reajuste salarial de 5% foi rejeitada e que os empregadores estavam exigindo uma redução no auxílio-doença. Um porta-voz da GXO disse que a oferta da empresa com sede nos EUA estava “significativamente acima” de 5% e não afetava o auxílio-doença.
Europa em crise
Na França, as greves atingem mais categorias e têm maior adesão no setor de transportes. A gota d’água foi a convocação do governo para funcionários que estavam paralisados voltarem ao trabalho nas refinarias para aliviar a escassez de combustível.
Temendo um novo protesto no nível dos “coletes amarelos” em 2018, o presidente francês Emannuel Macron aprovou medidas para limitar a alta dos preços da energia, deixando o país com a menor taxa da inflação da zona do euro – de 6%. Mas a greve por reajuste salarial em refinarias causou uma escassez de combustível, o que levou o governo a determinar a volta ao trabalho desses funcionários.