38% das empresas pretendem dar aumento real de salário em 2025
Índice é superior ao de empresas que não vão dar aumento ou que ainda não se decidiram, segundo pesquisa da consultoria de recrutamento Michael Page
O aquecimento do mercado de trabalho tem levado uma parcela de empresas a adotar uma postura mais proativa de ajuste salariais. Segundo a consultoria em recrutamento, Michael Page, 38,4% das companhias pretendem elevar a remuneração dos funcionários no ano que vem. O índice é um pouco maior do que o de empresas que não vão aumentar, 30,4%, e também supera o percentual de organizações que ainda não bateram o martelo sobre aumentos salariais, 31,1%
De acordo com o estudo Guia Salarial 2025, que entrevistou 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil, aumentos de 5% a 6% no salário são considerados por 22,8% das organizações. Outras 21,4% das empresas disseram que devem subir os salários de 3 a 4% e o restante dividiu-se entre percentuais diversos.
Com número recorde de trabalhadores empregados, o pacote de remuneração continua sendo uma peça-chave para atrair e reter talentos, segundo Stephano Dedini, diretor da Michael Page. “Empresas que combinem propostas salariais atraentes com um ambiente de trabalho positivo terão uma vantagem clara na captação de profissionais estratégicos”, diz
O levantamento também considerou como as empresas planejam lidar com a remuneração para novos profissionais. Quando questionadas sobre o reajuste salarial para novas contratações, 33,3% das empresas planejam aumentos entre 6% e 10%. Esse grupo lidera as intenções, ficando à frente das que preveem aumentos de 1% a 5% (25,3%), 11% a 20% (14,7%), 21% a 30% (3%) e acima de 31% (apenas 0,6%). Já 23,1% das organizações afirmaram que não planejam qualquer reajuste.
“É crucial que as empresas mantenham uma estratégia robusta de remuneração, alinhada ao mercado e com diferenciais que encantem o candidato. Oferecer pacotes de salário competitivos e programas de incentivo que promovam reconhecimento e engajamento não só fortalece o capital humano, mas também reduz a rotatividade”, diz Dedini.