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Investir é bom, mas cuidado com quem você segue

O avanço de pautas liberais favorece o aumento de investidores no mercado de ativos. Mas eles estão preparados para os desafios desta realidade?

Por Da Redação 25 abr 2022, 10h02

Já sabemos que a sociedade brasileira tem uma grande falha em sua formação: a EDUCAÇÃO. A falta de investimentos neste segmento é mortal em quase todos os aspectos para que um país e seu povo sejam livres de verdade. Nos últimos anos, a pauta liberal tem avançado bastante, e com ela o interesse em investir. Isso é ótimo, mas nem tudo são flores, ou dividendos melhor dizendo. Longe disso.

Pra variar, o brasileiro gosta de tomar atalhos. No caso dos investimentos, seja em empresas listadas na bolsa, criptoativos, startups, moedas estrangeiras ou fundos, entre outras possibilidades, ao invés de se estudar os fundamentos, o novo investidor prefere se guiar por fórmulas mágicas de ganhos quase instantâneos, propagadas por influencers do mercado financeiro, que pasmem, por vezes, sequer tem o sucesso que pretendem ensinar.

Isso é um efeito colateral direto da má formação educacional brasileira. Na falta de um maior incentivo e paciência para estudar fundamentos, busca-se de tudo, de videos no youtube a grupos de informações supostamente valiosas no telegram. O que não se percebe é o mal que isso faz. Para o mercado diga-se. Ter investidores novos sem nenhum ou com pouquíssimo conhecimento é ruim para a roda econômica, assim como ter esta massa quase infinita de estelionatários virtuais que ensinam o que eles mesmo não aplicam ou sequer sabem de fato faz um mal enorme para o mercado de ativos financeiros.

Mas qual a saída? Existem algumas. A primeira obviamente é colocar o ensino de ativos do mercado financeiro na base curricular, no mínimo no ensino médio. Parece avançado demais não é mesmo? Ao contrário. Estamos bem atrasados na verdade. A segunda possibilidade é uma fiscalização punitiva a estes que monetizam ensinando o grande público nas redes sociais. Eles são cadastrados? Existe uma certificação para isso? A história de vida deles neste mercado os qualifica para esta missão ou eles cresceram financeiramente enganando os outros? É um pergunta simples e que os reguladores de mercado deveriam ser mais duros na resposta. E na verdade não são. A CVM – Comissão de Valores Mobiliários é extremamente complacente com este tipo de método e profissional.

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E a terceira é uma saída mais complexa, pois é cultural. O brasileiro precisa parar de buscar jeitinhos para ganhar mais e mais rápido. Sobretudo no mercado financeiro, onde dezenas, talvez centenas de fatores importem, se guiar por alguém que você sequer conhece a história profissional – ainda que ela tenha centena de milhares de “seguidores” (que você nem sabe se são CPFs mesmo ou robôs) é uma loucura extrema e levará o novo investidor a derrotas consecutivas, até que a frustração seja tão grande que ele desista. O prejuízo ficará com ele enquanto o estelionatário digital ficará bem remunerado.

Mas Guto, existe alguém que se salve neste meio? Claro que sim. Mas não estão aos montes. Arrisco dizer que é uma minoria que realmente vale a sua atenção. Os demais são caça cliques. Você precisa garimpar, estudar, se envolver. Afinal, é o seu dinheiro que está em jogo. Lembre-se disso.

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