O que ganham a Coca-Cola e outras empresas ao mudarem sua cor tradicional
O único lugar onde marcas precisam se adaptar de acordo com as disputas de evento brasileiro
Ilha incrustrada no meio da floresta amazônica, Parintins é o único lugar do mundo onde o Bradesco, a Coca-Cola e a Brahma, apenas para citar três empresas cujas logos são tradicionalmente vermelhas, precisam ser apresentados também em tonalidade azul. Há um tempo, foi até possível comprar latinha azul da Coca-Cola nos mercados locais – mas elas já não são comercializadas. Entretanto, numa rápida volta pela cidade, é possível ver estampada em outdoors a logomarca das empresas adaptadas ao “freguês torcedor”.
Isso acontece porque essas empresas são patrocinadoras oficiais do festival folclórico, que terminou neste domingo, 30, sempre marcado pela tradicional disputa entre o Boi Caprichoso, representado pela cor azul, e o Boi Garantido, pela cor vermelha. A rivalidade é tanta, que os torcedores fazem boicote a empresas que não se adaptam à cor do seu boi na embalagem dos produtos. A companhia área Azul, que leva o “problema” no nome, por exemplo, estampa no lado do Garantido sua marca em vermelho. Tudo para evitar cancelamentos. Essa decisão das companhias em regionalizar suas marcas, além de ser uma eficiente estratégia de mercado, acaba garantindo aproximação com o público consumidor local e gera repercussão global no calor das redes sociais.
Aliás, a própria Coca lançou novas embalagens do seu guaraná Tuchaua, marca amazonense do Sistema Coca-Cola, em latas comemorativas pela celebração do Festival Folclórico de Parintins em 2024. As embalagens trazem estampas regionais e cores alusivas aos bois Garantido e Caprichoso.
A propósito: este ano quem levou a melhor foi o Caprichoso, o boi azul, saindo campeão da disputa nesta segunda-feira, 1.