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O milionário brasileiro que conquistou a confiança da Adidas

Mauro Nomura fala à coluna GENTE sobre sua trajetória até chegar ao faturamento de 330 milhões de reais ao ano

Por Nara Boechat Atualizado em 8 set 2024, 12h56 - Publicado em 7 set 2024, 13h00

Mauro Nomura, 43 anos, entrou no mercado varejista antes de chegar aos 20 e hoje é o principal parceiro da Adidas no Brasil, controlando 29 das 90 lojas da marca no país, por meio da empresa que fundou, o grupo Nomura. Com experiência em setores diversificados, como moda, cosméticos e alimentação, o empresário teve altos e baixos na carreira, chegando até um faturamento anual acima de 300 milhões de reais. Em conversa com a coluna GENTE, Mauro aborda os desafios do empreendedorismo, opina sobre o futuro do varejo físico e conta como conquistou a confiança de uma das maiores marcas esportivas do mundo.

O senhor é o único representante da Adidas no Brasil? Das 90 lojas que a Adidas tem no Brasil, tenho 29, e estamos presentes nos maiores centros, São Paulo e Rio. O grupo Nomura faturou 330 milhões de reais esse ano, sendo a maior parte da Adidas.

Como entrou no mercado do varejo? Comecei muito novo, era um cara inquieto. Não sabia onde queria chegar, qualquer caminho servia. Comecei com a Arezzo, em 1998, depois abrimos a Schutz e ficamos com 11 lojas de calçados. Em seguida veio um restaurante japonês e 11 lojas da L’Occitane. Até que um dia inventei uma coisa ainda mais complexa, o mercado de tintas para construção civil e tivemos nosso primeiro revés. A gente limpou nosso portfólio, vendemos as lojas da L’Occitane, o restaurante japonês, fechamos o negócio de tinta e ficamos com as lojas de calçados, que era o que a gente sabia fazer. 

Como a Adidas entrou na história? Em 2013, a gente começou a crescer de uma forma rápida. A Adidas tinha 27 lojas próprias nas grandes cidades, como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Fortaleza. Apesar de ser um grupo originário de Florianópolis, a gente tinha os melhores indicadores de performance da rede. Então, a Adidas nos ofereceu essas lojas próprias, pois não estava conseguindo operar. A gente acabou escolhendo São Paulo e Rio. Em 2018, compramos quatro lojas em São Paulo e três no Rio. Para nossa surpresa, crescemos quase 40% no primeiro ano e 50%, no segundo. Hoje, as quatro lojas de São Paulo viraram 16 e as três do Rio, cinco.

Tem planos de aumentar esse número? A gente vai optar por crescer organicamente. No ano que vem, queremos abrir umas seis lojas. A gente também está buscando projetos onde consiga participar da construção de valor, construir valor para a gente conseguir ter um evento de liquidez futuro lá na frente, coisa que na franquia a gente é limitado.

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O grupo seguirá com a Adidas em paralelo? E com as outras marcas, como Arezzo e Schutz. Tudo isso dentro de um mesmo guarda-chuva. Queremos crescer bem.

O senhor comentou sobre investir em novos projetos, incluindo alguns que deram errado, como a loja de tintas. Gosta de arriscar no mercado? O risco é obrigatório. Se você não quer risco, não pode ser empreendedor. Agora, tem o risco premeditado, consciente, estudado, e aquele ignorante autoconfiante. Este não faz conta, simplesmente tem um sonho e se coloca em risco. 

Já pensou em sair desse negócio? Quase todo dia. Essa é a realidade do empreendedor. Meu grande desafio é a evolução da maturidade como empreendedor. Quando queria fazer aquele monte de negócios, ia dormir querendo vender tudo e acordava de manhã querendo crescer. A partir do momento que você vai ganhando maturidade,ganha governança. Hoje a gente tem um planejamento estratégico.

Gosta de usar outras marcas? Como a Nike, por exemplo? O que é isso? Nike? Marca de cigarro? O que é? Nunca ouvi falar. Nem pensar. Não existe condição alguma de colocar qualquer outro tipo de marca esportiva que não seja a do nosso negócio.

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Alguém te influencia nas escolhas que faz dentro do negócio? Muito pouco, porque é bem complexo analisar um negócio novo. Acho meio papo furado esse negócio de que você tem que fazer o que você ama. Tem que fazer o que ama no final de semana. Acho que a gente tem que fazer o que é bom, não o que a gente ama, e em um segmento em que a concorrência é ruim e não pelo segmento que é média alta.

É daquelas pessoas que analisa tudo ao redor no comércio? Sim, sou bem analítico, bem crítico. Antigamente, como eu fazia para escolher um ponto num shopping? Ia num corredor, fechava os olhos e ficava escutando onde tinha mais barulho. Onde tinha mais barulho, era onde tinha mais gente, era o melhor público. Hoje em dia, com a quantidade de informação e tecnologia que se tem na mão, não cabe mais fazer isso. 

E mesmo com o crescimento exponencial do e-commerce, ainda tem fé nas lojas físicas? Acredito, porque vejo que as lojas têm que se reinventar, têm que ser atraentes para o público. Por exemplo, a loja da Adidas no Barra Shopping (no Rio) tem área para eventos, uma esteira para o cliente provar o tênis e escolher qual local do Rio simula correr. Mas, mais do que isso, as pessoas nasceram para viver em comunidade e não para viver sozinhas. O varejo físico tem o desafio de conviver com a sombra do online, mas não vai acabar.

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