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A mulher que tornou frustração na cama em negócio milionário

Coluna GENTE conversou com empresária Natali Gutierrez, que criou com o marido case no mercado de sextoys

Por Nara Boechat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 out 2025, 17h24 - Publicado em 19 out 2025, 17h00

Decepções fazem parte da vida, mas algumas pessoas conseguem transformá-las em oportunidades. Foi o caso de Natali Gutierrez, 34 anos, e do marido, Renan de Paula, 38. Uma experiência frustrante na intimidade se tornou a inspiração para um negócio que hoje movimenta 8 milhões de reais por ano no mercado das sextechs. Criada há cerca de 15 anos, Dona Coelha nasceu como um blog educativo sobre sexualidade e rapidamente evoluiu para uma empresa especializada em sextoys, dobrando de tamanho. O sucesso trouxe visibilidade, reconhecimento e uma comunidade fiel de clientes. Em conversa com a coluna GENTE, Natali – idealizadora da marca –  fala sobre as transformações na relação do casal após o empreendimento, os mitos que ainda cercam a sexualidade feminina e sua conexão pessoal com o negócio. “Adoro dar boas vibrações”, brinca.

Natali Gutierrez e Renan de Paula, casal que fundou a sextech Dona Coelha
Natali Gutierrez e Renan de Paula, casal que fundou a sextech Dona Coelha (./Divulgação)

Como começou a história do seu negócio? De forma bem curiosa. Aos 19 anos, numa viagem com meu marido e sócio, Renan, quando ainda namorávamos, testei cosméticos eróticos, mas tive uma experiência frustrante. Percebi que outras pessoas passavam por isso e decidimos explorar o tema. Visitamos lojas, vimos que tudo era focado no homem e começamos com um blog contando nossas experiências. A partir disso, surgiu a venda de produtos.

Como surgiu o nome? No início se chamava “Lo<3”, mas ninguém entendia a combinação do “V” deitado com o 3. Então escolhemos “Dona Coelha”: “Dona” por ser um termo usado com quem a gente respeita e “Coelha” pela intensa atividade sexual do animal. Ficou sonoro e representou bem nosso objetivo de levar conteúdo de forma leve e respeitosa.

Como a família recebeu a iniciativa? Minha mãe sempre apoiou, mas meu pai demorou oito anos para saber. Ele é muito conservador, machista… Eu tinha medo da sua reação, mas no fim acabou aceitando. 

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A sexualidade já foi tabu para você? Nunca conversei sobre isso com minha mãe, mas tenho memórias das meninas na escola falando sobre preservativo de morango. O assunto começou mesmo pela frustração inicial, o que me levou a estudar e descobrir sobre prazer feminino, orgasmo e autoconhecimento. 

Como mudou sua relação com o corpo e intimidade? Mudou muito, não só para mim, mas para as pessoas à minha volta. Hoje falo de sexualidade abertamente, trago o tema para conversas familiares e valorizo o prazer feminino. Fui a pessoa que levou o assunto para o churrasco da família, por exemplo. Meu primeiro orgasmo consciente foi depois de iniciar a Dona Coelha, e isso me motivou a compartilhar conhecimento. Na hora, pensei: “As pessoas precisam saber o que é isso”.

Como é trabalhar com o marido nesse negócio? Bem difícil. No começo era mais divertido do que estressante, como um hobby. Hoje temos responsabilidade: uma empresa com funcionários, campanhas, contas pra pagar… e, como somos sócios, os embates acontecem. Mas no fim do dia olho para ele e penso: “tá bom, vamos virar a chave, isso aqui é trabalho”. E não escolheria outra pessoa para estar comigo.

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Vocês usam os produtos? Sim, testamos tudo antes de lançar. Não posso colocar no mercado o que não sei como funciona. O “Escorrega”, nosso lubrificante, nasceu de experiências próprias. Eu tive que escorregar muito, em todos os sentidos, para chegar à fórmula ideal. Essas são as dores e delícias de experimentar e criar juntos.

Alguma situação engraçada ou constrangedora? Muitas. Uma vez, uma sacola com vibradores estourou quando estava entrando no ônibus e os produtos foram parar no chão. Outra, uma moça que trabalhava comigo ficou com uma calcinha vibratória presa quando tentou experimentar. Ela ficou nervosa, mas rimos depois.

Que mito quer derrubar sobre sexualidade feminina? Que a mulher não goza. Muitas mulheres ainda se sentem bloqueadas por expectativas sociais. Meu trabalho na Dona Coelha é mostrar que elas podem e devem experimentar o prazer plenamente. É libertador.

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Como vê a nova geração em relação à sexualidade? Mais livre e sem medo de explorar. A geração atual tem acesso a conteúdos diversos, a mais dopamina, e menos barreiras mentais do que a nossa.

Quais produtos mais vendem? O “Sussu”, sugador clitoriano; o “Escorrega”, lubrificante; e o “Top”, vibrador em formato de golfinho, recarregável e de silicone de grau médico. Transformamos produtos simples em experiências mais seguras e duradouras.

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