Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Real Estate Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Renata Firpo
Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário
Continua após publicidade

Como o mercado imobiliário reagiu à manutenção da Selic a 13,75%

Empresas do setor se esforçam para buscar novas alternativas para não perder oportunidades de negócio no cenário atual

Por Renata Firpo
Atualizado em 15 Maio 2024, 23h33 - Publicado em 29 jun 2023, 09h18

O mercado imobiliário brasileiro já desenvolveu um grande know-how para sobreviver à montanha-russa da economia do país. Na atual era dos juros altos, havia no setor uma expectativa por redução, é claro, mas a não concretização da queda esteve longe de representar uma tragédia. Como se sabe, foi mantida a Selic a 13,75%. Na sequência, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada no último dia 27 sinalizou que a maioria dos integrantes atuais do órgão, incluindo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, podem baixar um pouco a guarda dos juros caso a inflação continue dando sinais de desaceleração. Ocorrerá uma nova reunião em agosto. Mesmo se for materializada a disposição com o início de um período de cortes, a redução deve ser lenta. Talvez menos 0,25% em agosto ou setembro. Ou seja, nada que vá mudar radicalmente a curto prazo o cenário atual, um tanto quanto adverso.

O que fazer diante de tal situação desfavorável? Haja criatividade para atrair os clientes e fechar as vendas. Algumas instituições financeiras como o  Santander oferecem atualmente a opção de dar o carro como pagamento na compra do imóvel, sendo ele novo ou usado. As incorporadoras pegaram o vácuo da ideia e, em uma parceria com instituições financeiras, ofereceram essa mesma possibilidade aos seus clientes. A Helbor embalou a oferta em uma ação de marketing chamada de “Só a Helbor tem – turbo”, na qual o comprador escolhe entre utilizar o valor do seu automóvel como parcela de entrada ou como abatimento no financiamento.

São ações criativas como essa que ajudam o mercado a não sofrer de forma demasiada com a era dos juros altos. É claro que a situação acaba impactando a dinâmica de negócios, com muitas construtoras puxando o freio de mão em sua política de lançamentos de produtos. Mas vale lembrar que não é de hoje que o setor convive com uma Selic indigesta. O cenário já era desfavorável em 2021 e 2022 e, mesmo assim, foram batidos recordes de vendas. Para este ano, prudentemente, boa parte do setor começou a trabalhar desde janeiro com a perspectiva de que uma redução da Selic só ocorreria no segundo semestre, uma previsão que deve se confirmar.

A exemplo do que ocorre em outros setores da economia, os financiamentos do mercado imobiliário são atrelados ao comportamento da Selic. Em geral, o crédito para a compra de imóveis fica em média dois pontos abaixo dessa taxa de referência (a exceção ocorre quando a Selic está quase no chão). Assim, a taxa atual de financiamento imobiliário no país gira em torno de 11%. Entre 2021 e 2022, o número variou entre 7,9% e 9,33%.

Em um cenário com a Selic mais baixa (e que ele se materialize logo!), não apenas os compradores se beneficiam. Num ciclo virtuoso, incorporadoras e construtoras também lucram com isso, pois os custos de obra e os do desenvolvimento de empreendimentos podem ser mais baixos, já que os empréstimos são mais facilitados para que as empresas tenham mais capital e possam desenvolver os projetos.

Continua após a publicidade

Mas a taxa Selic alta não pode ser vista como um impeditivo para fazer um financiamento imobiliário. Com juros mais altos, é comum que haja uma oferta maior de imóveis, podendo ser o momento certo de investir. Além disso, o cliente pode tirar proveito da maior competitividade entre as instituições financeiras, fazendo a portabilidade de seu contrato para o banco que oferecer no momento as melhores condições.

De qualquer maneira, com a Selic baixa ou não, tudo é uma questão de planejamento. O ideal é sempre conversar com um especialista na área avaliar a sua taxa pessoal de crédito, o quanto a instituição bancária poderá ceder, fazer uma simulação dos valores das parcelas e o tempo que precisará para pagá-las ou amortizá-las e, assim, seguir com o negócio em condições ideais, sem comprometimento da renda.

Seja pessoa física ou jurídica, o caminho para aproveitar a taxa Selic na hora de investir no mercado imobiliário é uma só: estar sempre informado e atento às oportunidades das ofertas e também com as noticias das projeções futuras para aproveitar o melhor momento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.