Em 2021 o bilionário Elon Musk surpreendeu a todos mais uma vez ao divulgar seu endereço residencial: uma casa de apenas 35 metros quadrados na cidade de Boca Chica, no Texas, Estados Unidos, mais especificamente dentro das instalações de teste da sua empresa Space X. Apesar de o homem mais rico do mundo poder comprar qualquer mansão à venda no planeta, já que sua fortuna está avaliada em 250 bilhões de dólares, a história serviu para acrescentar mais um capítulo à extensa lista de excentricidades do personagem.
O endereço em questão, avaliado em 50 mil dólares, faz parte do portfólio da empresa norte-americana Boxabl, que aposta em casas pré fabricadas. O modelo-Musk, com sala, dormitório, cozinha e banheiro, é todo fabricado em apenas um único módulo, que pode ser transportado em um caminhão e montado em até uma hora. É uma espécie de cointeiner, porém moderno, pois seus materiais são duráveis e resistentes a fogo e pragas, segundo os projetistas da empresa. Depois do estardalhaço feito com o anúncio da moradia, o empresário não ficou muito mais tempo por lá. Desde então, já mudou de endereço outras duas vezes, sempre em imóveis diferente. Hoje, encontra-se sem residência fixa.
De qualquer maneira, o anúncio de Musk sobre a casa de 55 metros quadrados ajudou a jogar luzes sobre esse tipo de solução arquitetônica. Ela pode ser uma ótima solução para o déficit de moradia em diversos países, como Brasil, e também uma grande alternativa na economia da construção até mesmo de imóveis de alto padrão. Com os valores altos de insumos da construção civil e de contratação de mão de obra, poder contar com módulos pré fabricados para otimizar a infraestrutura significa uma grande economia para o cliente final, além do ganho de tempo.
No mercado de médio e alto padrão, o tempo para construir uma casa, desde a fundação, gira em torno de 12 a 14 meses. Com a tecnologia de módulos pre fabricados, esse tempo pode ser reduzido bastante, significando mais praticidade e economia na obra. Muito comum no mercado norte-americano, já conseguimos encontrar no Brasil algumas construtoras operando dessa forma e não apenas voltadas para projetos econômicos. Casas de altíssimo luxo em condomínios exclusivos em Santa Catarina ou em São Paulo, por exemplo, já contam com construções desse tipo.
As residências pré-fabricadas são construídas por meio de peças ou módulos fabricados fora da obra e, posteriormente, como em um jogo de lego, o profissional faz a montagem no local de acordo com o projeto escolhido pelo cliente. Muitos arquitetos torcem a boca para essa modalidade de construção, alegando que as casas ficam sem personalidade, já que os módulos deixam todas iguais, mas isso é um pouco intriga da oposição. Dá para personalizar os projetos, sim, e com a vantagem de menos desperdício de materiais.
Nos Estados Unidos, esse tipo de construção é altamente utilizada, só que utilizando a madeira na construção. Nesse caso, o cliente já limita sua personalização, pois ele escolhe o modelo da casa por meio de um catálogo. O mercado norte americano tem se atualizado nesse sentido e substituído a madeira por casas com estrutura metálica, também conhecidas como Light Steel Frame. Essas estruturas são como um esqueleto metálico leve que depois recebe um fechamento de placas de gesso. A opção que mais combina com os brasileiros é a de usar módulos de concreto, onde o cliente permite sonhar mais com o desenho da sua casa, pois apenas o sistema construtivo é pré-moldado e a montagem segue o projeto especifico aprovado pelo cliente.
Independente de qual tipo de construção pré moldada utilizar, é certo que a obra vai ganhar em tempo de execução, limpeza e redução de custo, uma soma de vantagens que todo público gosta.
Como se vê, mais uma vez, Elon Musk foi visionário.