A cidade brasileira campeã no aumento do aluguel residencial
Custo de locação no Brasil cresceu no primeiro semestre a uma taxa bem superior à do IGP-M
Em razão dos altos preços praticados no mercado imobiliário, a opção de alugar um imóvel deixou de ser uma decisão fácil quando se pensa apenas pelo prisma financeiro. De acordo com Indice FipeZap, que monitora os preços em 25 cidades do país, o valor médio das locações residenciais subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, um percentual significativo que mexe no planejamento econômico das famílias que não tiveram aumento em seus salários na mesma proporção e impressiona também na comparação ao Índice Geral de Preços – Mercado, IGP-M, que costuma ser usado como referência para ajustes nos contratos de aluguel: a taxa subiu apenas 1,10% no mesmo período.
Segundo economistas, o mercado de trabalho aquecido é um dos principais fatores que estão provocando essa alta de preços. Para os especialistas, não há nada no cenário daqui em diante capaz de alterar os valores. Eles tendem a se estabilizar ou até mesmo seguir em alta.
A cidade que teve o maior registro de aumento foi Campinas, no interior de São Paulo: na média, os preços por lá cresceram 14, 25% na locação residencial. A região de Campinas tem um poder econômico alto, acima dos seus vizinhos, em função das industrias ali alocadas. Quanto mais industrias, mais empregos e, consequentemente, mais os preços dos aluguéis vão subindo, seguindo a lógica do aumento da locação no Brasil.
A INFLAÇÃO EM IMÓVEIS DE UM DORMITÓRIO
O tipo de imóvel mais impactado pela alta dos preços de aluguel foi o de um dormitório, com aumento médio nacional de 9,57%, o que não chega a ser uma novidade, já que o poder de compra do brasileiro foi reduzido 5% em dez anos, limitando bastante as escolhas das pessoas pelo tipo de imóvel que podem alugar, levando a optarem por imóveis menores e mais baratos.
Os proprietários desses apartamentos de um dormitório foram também os que mais lucraram no mercado de locação residencial, conforme o Índice FipeZap que trouxe os dados sobre rentabilidade, mostrando os tipos de produtos imobiliários que mais deram lucro.
É bom lembrar que a locação residencial é comumente feita em um contrato com prazo de 30 meses, ou seja, o locatário precisa se programar em um pagamento mensal por dois anos e meio. Com o aumento significativo dos aluguéis, o ideal é que se busque opções mais econômicas para que o custo da moradia não pese tanto no planejamento familiar. Não custa lembrar que outros custos também impactam bastante o orçamento da casa e continuam se valorizando anualmente, como educação, saúde, alimentação e vestuário.