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Por que Lula pediu reunião com agências de classificação de risco em NY

"Não precisa ouvir só a Faria Lima, não precisa ouvir só os empresários, ouça os trabalhadores e ouça o presidente da República", comentou o brasileiro

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 set 2024, 17h48

Questionado nesta quarta-feira sobre as reuniões que teve em Nova Iorque com representantes de três agências de classificação de risco, nos últimos dias, o presidente Lula disse que teve a iniciativa porque é importante que elas saibam da sua boca o que está acontecendo no Brasil.

“Não precisa ouvir só a Faria Lima, não precisa ouvir só os empresários, ouça os trabalhadores e ouça o presidente da República”, comentou o brasileiro.

Na segunda-feira, Lula se reuniu com o chefe dos serviços de rating da Standard & Poor’s, Yann Le Pallec, e com o presidente Moody’s Rating, Michael West. Na terça, recebeu o presidente do Grupo Fitch, Paul Taylor. Nas três agendas, esteve acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que integrou a sua comitiva nos Estados Unidos e disse acreditar que o Brasil pode recuperar o grau de investimento no próximos anos.

“Eu chamei as agências para conversar porque essas agências têm um histórico no Brasil, elas vão sistematicamente ao Brasil, elas têm escritório no Brasil, têm escritório em São Paulo, no Rio de Janeiro, elas pesquisam e eu brinquei com eles dizendo que eu sou tão azarado nesse negócio que eu nunca respondi uma pergunta sequer eleitoral, nunca encontrei ninguém que parasse na rua e fizesse ‘o, Lula, em quem que você vai votar?’. Nunca. E também nunca tive o IBGE na minha casa, nunca, acho que nunca foram, porque acho que eles já sabem o que eu sou antes de eu falar”, disse o presidente.

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“Então eu chamei as agências de rating pelo seguinte: é importante que vocês saibam da boca do presidente da República o que é que está acontecendo naquele país. Não precisa ouvir só a Faria Lima, não precisa ouvir só os empresários, ouça os trabalhadores e ouça o presidente da República. E eles têm sido decentes, porque têm conversado com o ministro da Fazenda, com o Haddad, e tem conversado com as pessoas do Tesouro”, complementou.

O presidente afirmou ainda que quis mostrar “um pouco para eles o que que está acontecendo no Brasil”.

“O mercado dizia em janeiro de 2023 que a gente ia crescer 0,8%. Nós crescemos 3%. Poderia ser 2,99999%, sabe? Pois bem. O mercado começou dizendo que a gente ia crescer 1,5%, agora o mercado já eleva a possibilidade de crescimento para 3,5%. Então eu quero que as pessoas lembrem o que aconteceu no Brasil, que muitas vezes eu acho que a imprensa também não lembra”, declarou.

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