Impasse na exploração de minério no Pará afeta milhares de famílias
Segundo o senador Zequinha Marinho, cerca de 8.000 famílias aguardam regularização de minas da Vale

Senador pelo Pará, Zequinha Marinho decidiu fazer um alerta no Senado para a situação de 8.000 famílias do estado que estão, segundo ele, num empasse provocado pela interdição de plantas de mineração da Vale.
Segundo Zequinha, a partir do dia 13, os trabalhadores da mina de cobre Sossego, em Canaã dos Carajás, serão colocados em férias coletivas pela empresa Salobo Metais, subsidiária da Vale.
A medida de contingência ocorre, segundo ele, porque a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará cassou a licença de operação da mina. No mês passado, os trabalhadores de outra mina, a Onça Puma, também ligada à Vale, foram postos em férias coletivas.
“No meio desse impasse, estão cerca de 8.000 famílias de trabalhadores diretos e indiretos, que dependem da retomada das minas para poder levar suas vidas em paz e com tranquilidade”, diz o senador.
Tanto a mina de Sossego quanto a mina da Onça Puma, em Ourilândia do Norte, pertencem a Vale Base Metals, subsidiária que a mineradora criou em 2023 para tratar dos negócios relacionados às matérias primas demandadas pela indústria na produção de bens necessários para a transição energética, como baterias para carros elétricos.
O Governo do Pará tem alegado que a Vale não cumpriu algumas condicionantes. Por outro lado, a mineradora afirma que está seguindo com todas suas obrigações. O caso chegou ao STF após a mineradora entrar com ação no Tribunal de Justiça do Pará para reverter os efeitos da suspensão das minas.