Derrota de Bolsonaro recoloca Rio na briga por gasoduto do pré-sal
Políticos enviaram ao gabinete de transição propostas para a construção da chamada Rota 4-B, que levaria o gás produzido no alto mar até o Porto de Itaguaí
A derrota de Jair Bolsonaro nas urnas recolocou o Rio de Janeiro na briga para atrair o projeto de um gasoduto que levará o gás natural extraído do pré-sal da Bacia de Santos até a costa.
Durante o governo de Bolsonaro, o então ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas havia acertado que o gasoduto passaria por Santos e não pelo Porto de Itaguaí, na região metropolitana do Rio.
São Paulo despontava até então como o estado favorito a receber o empreendimento, que ainda ainda não tem prazo para ser licitado. Com a vitória de Lula nas urnas, o Rio volta à bolsa de apostas.
Políticos locais argumentam que a chamada Rota 4-B, que prevê que o gasoduto passe pelo Estado, seria menor em extensão do que a Rota 4-A, que passaria por São Paulo.
A extensão menor do gasoduto e o tamanho maior do calado do Porto de Itaguaí em relação ao Porto de Santos são duas das vantagens que o projeto do Rio teria em relação à ideia paulista. Segundo um interlocutor do prefeito de Itaguaí, Rubem Vieira, a sugestão já foi encaminhada a integrantes do gabinete de transição.