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CNI mostra que estados terão perdas bilionárias com tarifaço dos EUA

Enquanto integrantes do governo Lula falam em retaliação e até em 'vira-latismo' nacional, entidade mostra estrago real na economia brasileira

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2025, 16h56 - Publicado em 29 jul 2025, 16h34

Enquanto o governo Lula se empenha em fazer pouco caso do tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, com declarações políticas e bravatas, a CNI divulgou, nesta terça, um estudo que mostra o tamanho do estrago inicial que a tarifação sobre produtos brasileiros provocará naos estados.

Segundo a entidade, as perdas podem chegar a 19 bilhões de reais, caso o governo petista não consiga abrir um canal de diálogo para adiar a entrada da medida em vigor na sexta-feira.

O aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos, previstas para 1º de agosto, pode provocar impactos econômicos relevantes e desiguais entre as unidades da federação, com perdas superiores a R$ 19 bilhões para os estados brasileiros”, diz a CNI.

Estados como o Ceará e o Espírito Santo, por exemplo, têm alta dependência do mercado americano, representando quase metade das exportações cearenses e um terço das capixabas. Em outros onze estados, os EUA têm participação entre 10 e 20% nas vendas externas.

“A imposição do expressivo e injustificável aumento das tarifas americanas traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras. Há estados em que o mercado americano é destino de quase metade das exportações. Os impactos são muito preocupantes”, avalia Ricardo Alban, presidente da CNI.

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cni
(cni/Divulgação)

Veja o impacto nos estados que mais exportam aos Estados Unidos, segundo a CNI:

Ceará
Estado com maior dependência do mercado americano, Ceará exportou US$ 659,1 milhões, especialmente bens da indústria de transformação, que respondeu por 96,5% das exportações estaduais destinadas aos EUA. O setor mais relevante foi o de metalurgia, que respondeu por US$ 441,3 milhões, seguido pelos setores de alimentos (US$ 112,2 milhões, 17%) e de couros e calçados (US$ 52,6 milhões, 8%). A tarifa de 50% pode representar perdas de R$ 190 milhões ao estado.

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Espírito Santo
Em 2024, os Estados Unidos foram o principal destino das exportações do Espírito Santo, com um valor total de US$ 3,1 bilhões, representando 28,6% de todas as vendas externas do estado. oindústria de transformação teve papel central nesse fluxo, respondendo por 80,9% das exportações destinadas ao mercado norteamericano. Os principais setores exportadores foram a metalurgia (US$ 1,14 bilhão, 37,2%), minerais não metálicos (US$ 680,1 milhões, 22,2%), celulose e papel (US$ 559,8 milhões, 18,2%) e a extração de minerais metálicos (US$ 387 milhões, 12,6%). O tarifaço pode representar perdas de R$ 605 milhões ao estado.

Paraíba
Com um total de US$ 35,6 milhões, que corresponde a 21,6% das exportações do estado, os EUA foram o segundo principal destino das exportações da Paraíba. A indústria de transformação teve papel dominante nesse comércio, respondendo por 96,9% das exportações para o mercado norte-americano. Os principais setores exportadores foram o de alimentos, com destaque absoluto (US$ 30,5 milhões, 85,5%), e o de couro e calçados (US$ 3,6 milhões, 10,2%). O impacto negativo para o estado pode ser de mais de R$ 101 milhões.

São Paulo
Segundo o estudo, em 2024, os EUA foram o principal destino das exportações de São Paulo, com um valor total de US$ 13,5 bilhões, o que representa 19% de tudo que o estado exportou no ano. Além disso, 92,1% do que o estado vendeu ao país americano veio da indústria de transformação, ou seja, de produtos que passaram por algum tipo de processamento (e não apenas matérias-primas). Para a maior economia brasileira, o prejuízo com as tarifas pode ultrapassar R$ 4,4 bilhões, representando uma queda de 0,13% do PIB do estado.

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