Dias após anunciar a privatização da Casa da Moeda, o presidente Eduardo Zimmer e o diretor da estatal, Saudir Filimbert, viajaram para a Europa para reuniões com possíveis compradores da empresa. Na agenda, visitas técnicas e reuniões comerciais nas fábricas da De La Rue, G+D e Louisenthal, gigantes multinacionais produtoras de papel-moeda. No discurso, agenda estratégica para ampliar conhecimentos na área de tecnologia, segurança e autenticidade em busca de maior competitividade.
O mercado está de olho. Nos bastidores comenta-se que se o momento é sanear a empresa e prepará-la para a venda, não faz sentido o presidente se reunir com possíveis compradores – a portas fechadas – exatamente durante o processo de negociação dos termos de venda da estatal.
(ATUALIZAÇÃO – Em nota, a Casa da Moeda esclarece: A Casa da Moeda do Brasil (CMB) foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND) por meio de decreto publicado no dia 14 deste mês. O presidente, Eduardo Sampaio, e o diretor Saudir Filimberti viajaram à Alemanha, Dinamarca, Itália e Inglaterra. Eles foram fazer benchmark com concorrentes da CMB, avaliar fornecedores e possíveis parceiros de negócios. Em Copenhagen participaram da Intergraf, uma das maiores feiras do setor de impressos de segurança Interessados em participar do programa de privatizações do Governo foram orientados a contatar diretamente o BNDES, responsável legal por liderar os processos de privatizações de empresas inclusas no PND).