BNDES refuta compra de ações de empresas e diz que usará fundos
Banco quer afastar visão de que estratégia repete a política de “campeãs nacionais", criticada em gestões anteriores

Os ruídos após o anúncio da nova política industrial não pararam nas dúvidas sobre o comprometimento da meta fiscal estipulada pelo ministro da Fazenda, Fernanda Haddad.
De acordo com o diretor do BNDES, José Gordon, de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, o banco irá investir apenas em fundos de investimentos.
“Nós não vamos investir em ações da empresa”, destaca.
“A gente põe uma parte do recurso (em fundos de investimento), o resto eles captam no mercado, então é uma forma de incentivar o mercado de capital, e aí investem em pequenas empresas, startup, empresas com potencial”, explica Gordon.
“Nós vamos abrir edital, na grande maioria das vezes, ou com parceiros específicos em casos estratégicos”, acrescenta.
A política de investimento de outras gestões do BNDES, sob governos petistas, foi alvo de várias críticas. Entre elas, de que algumas empresas gigantes eram privilegiadas com recurso do banco para se tornarem players globais. Quando parte das companhias foram denunciadas em escândalos de corrupção, não ajudou a melhorar a opinião pública.