Banho de sangue nas bolsas pode respingar na inflação de alimentos
VEJA Mercado: especialistas discutem efeitos de quedas históricas na inflação, nos combustíveis e nos juros; risco de recessão sobe e alarma investidores
VEJA Mercado | 7 de abril de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta segunda-feira 7. Ao que tudo indica, os mercados vão enfrentar mais um banho de sangue no pregão de hoje. Investidores reagem ao comunicado da Casa Branca de que não vai adiar o início da cobrança de tarifas de importação contra o mundo inteiro. Os países taxados em até 10%, como o Brasil, já passaram a ser cobrados desde o último sábado 5. As demais tarifas entram em vigor na quarta-feira. A China já retaliou os americanos com tarifas de 34%, e são aguardados novos desdobramentos para as próximas horas.
Os preços do petróleo tipo Brent despencaram 20% em menos de uma semana. A cotação de 62 dólares por barril é a menor desde meados de 2020, em um dos ápices da pandemia de coronavírus. O termômetro das commodities indica um risco considerável de as grandes economias entrarem em recessão nos próximos 12 meses — em um cenário em que todos perdem, sem exceção. Os economistas do banco americano J.P. Morgan elevaram de 40% para 60% o risco desse cenário se concretizar. Como essa tensão e essas quedas históricas afetam a inflação, o câmbio, os combustíveis e os juros? Esses são alguns dos assuntos desta edição do VEJA Mercado.
Diego Gimenes entrevista Frederico Nobre, chefe de análise da Warren Investimentos, e Álvaro Bandeira, economista e professor da Apimec. Os especialistas acreditam que a forte desvalorização nos preços das commodities tende a arrefecer a inflação de alimentos no Brasil e mudar a discussão sobre os juros no país. O alerta, contudo, é que empresas devem esperar algumas semanas para repassar movimentos aos consumidores. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify.
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