PIB deixa gosto amargo no mercado e IOF pode piorar o cenário
VEJA Mercado: crescimento de 1,4% da economia do Brasil é um pouco abaixo do que economistas esperavam e novos impostos podem pressionar resultados
VEJA Mercado | 30 de maio de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta sexta-feira, 30. O PIB do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi influenciado mais uma vez pelo agronegócio, que registrou um expressivo crescimento de 12,2% em relação ao último trimestre de 2024. Já a alta de 0,3% dos serviços e a contração de 0,1% da indústria deixaram um gosto amargo no mercado. O resultado geral veio um pouco abaixo das expectativas e acende um alerta ainda maior sobre o ritmo de desaceleração da economia brasileira para o restante do ano.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deu um ultimato no governo federal. Ele estipulou um prazo de 10 dias para Lula e Haddad reverem o aumento na alíquota do IOF e apresentarem uma alternativa ao Congresso. Motta disse que o clima na Câmara “é pela derrubada do decreto do governo”. Haddad descartou a revogação da medida e disse que não há outra alternativa no momento. O ministro da Fazenda alertou que a derrubada acarretaria em novos contingenciamentos do orçamento que deixaram o Brasil “em um patamar bastante delicado do ponto de vista de máquina pública”.
Diego Gimenes entrevista Juliana Trece, coordenadora do monitor do PIB do FGV Ibre, e Yihao Lin, gerente de análise econômica da Genial Investimentos. Trece se diz decepcionada com o setor de serviços e que o desempenho de bares, restaurantes e salões de beleza poderia ter sido maior. Já Lin diz que o aumento nas alíquotas de IOF retira recursos disponíveis na economia e reflete uma opção do governo de fazer um ajusta fiscal com base na arrecadação. “O aumento da carga tributária gera distorções na alocação de capital e, no limite, afeta negativamente os investimentos e o consumo”, diz. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify!
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