O saldo da crise do Pix e a grave perda de credibilidade do governo Lula
VEJA Mercado: Mauro Rochlin, economista e professor da FGV, fala sobre prejuízo eleitoral do governo e comenta queda do dólar e fusão entre Azul e Gol
VEJA Mercado | 16 de janeiro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quinta-feira, 16. O governo federal voltou atrás e revogou as mudanças anunciadas para o Pix. O monitoramento de movimentações acima de 5 mil reais de pessoas físicas e de 15 mil reais de empresas foi suspenso ontem à tarde. O ministro Fernando Haddad disse em coletiva que o governo vai enviar uma MP ao Congresso para reforçar a gratuidade do Pix e equiparar o instrumento ao pagamento em dinheiro.
Haddad acusou a oposição de propagar fake news e disse que o estrago feito por inescrupulosos está feito. Sobrou até para Paulo Guedes, seu antecessor no ministério da Economia. Haddad disse que Guedes chegou a defender a volta da CPMF em entrevistas e que tal proposta jamais foi cogitada pelo atual governo.
Nos mercados, o Ibovespa intensificou sua alta depois do anúncio de Haddad e fechou o dia em alta de quase 3% — a maior em quase dois anos. O dólar caiu e fechou o dia cotado a 6,02 reais. Dados do núcleo de inflação nos Estados Unidos “mais comportados” do que o previsto influenciaram positivamente as bolsas pelo mundo. Diego Gimenes entrevista Mauro Rochlin, economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). O especialista diz que o governo ficou sem outra saída a não ser revogar as mudanças no Pix porque foi feito “um escarcéu tremendo em cima de uma medida de pouco impacto financeiro”. Rochlin diz ainda que a credibilidade do governo está prejudicada e que a imagem do governo está manchada no Congresso e na sociedade. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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