Investidores precificam resultado eleitoral pró-mercado, diz Amstalden
VEJA Mercado: na sexta-feira, pesquisa do Datafolha apontou que a aprovação do governo caiu para 24%
Após o feriado que manteve as bolsas fechadas na segunda-feira, os principais índices dos Estados Unidos iniciam a semana com viés de alta. A agenda de indicadores segue fraca nesta terça-feira, tanto no cenário internacional quanto no doméstico. No Brasil, o mercado financeiro segue repercutindo a queda na popularidade do presidente Lula. “Desde sexta-feira, vemos um movimento no mercado local precificando um potencial resultado eleitoral mais market friendly (amigável ao mercado)“, disse Rodolfo Amstalden, sócio-fundador da Empiricus.
Na sexta-feira, pesquisa do Datafolha apontou que a aprovação do governo Lula caiu para 24%, a pior marca de seus mandatos. Já nesta terça-feira, levantamento do Paraná Pesquisas, encomendado pelo Partido Liberal (PL), indicou que, em um eventual segundo turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para Amstalden, a reação reflete a decepção dos investidores com a política fiscal do governo, além do interesse de Lula em implementar a isenção de IR para rendimentos de até 5.000 reais. “Essa foi a ruptura do pouco de confiança que restava entre o mercado e o governo”, afirmou. “A percepção do mercado é de que, embora Haddad esteja fazendo um ótimo trabalho, não é ele quem toma as decisões.”
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