Todos na bolsa contra Lula? Especialista diz que não é bem assim
VEJA Mercado: Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners, diz que eleição será disputada e que investidores só devem começar a reagir no final do ano
VEJA Mercado | 22 de maio de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 22. Os analistas do banco americano Morgan Stanley já acenam para uma possível derrota do presidente Lula nas eleições de 2026. Eles afirmam em relatório enviado a clientes que o calendário eleitoral carregado dos próximos 18 meses abre espaço para o início de uma mudança de política. A queda na popularidade de Lula é a grande razão dessa aposta e o banco entende que “o cenário otimista se tornou mais provável”. O Ibovespa poderia chegar aos 189 mil pontos já em 2026, segundo a análise. O Morgan Stanley entende ainda que o dólar pode seguir se desvalorizando nas próximas semanas diante das incertezas econômicas nos EUA e o arrefecimento das tensões comerciais promovidas por Donald Trump.
O ministro Fernando Haddad promete anunciar medidas de cortes de gastos nesta quinta, um dia depois de o presidente Lula assinar a extensão da gratuidade da conta de luz para mais 60 milhões de pessoas ao custo de 3,6 bilhões de reais. Diego Gimenes entrevista Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional. O especialista afirmou que o mercado não deve apostar todas as fichas contra ou a favor do presidente Lula porque a eleição de 2026 está indefinida. Kawall diz ainda que o pleito será fundamental para definir se o necessário ajuste fiscal vai sair “dos cortes de gastos ou do nosso bolso”. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify!
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