Pacote do governo precisa mexer em gastos estruturais, diz Carla Argenta
VEJA Mercado: Para economista da CM Capital, expectativa é de que corte de gastos que não seja apenas pontual
As bolsas europeias e os futuros americanos operam em queda antes da divulgação de dados de inflação do mês e do trimestre nos Estados Unidos. No Brasil, o pacote de gastos continua sendo o grande assunto dos investidores e economistas, enquanto aguardam a publicação dos planos do governo. A expectativa é grande, sobretudo depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a redação está pronta e que o tema foi “pacificado” junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sequência, a peça deve circular no Legislativo, mas a votação deve ficar para 2025. Algumas especulações têm vindo à tona, e Haddad evita dar detalhes. O que agentes de mercado aguardam agora é um encontro de Haddad com Arthur Lira, presidente da Câmara, e um eventual pronunciamento.
Juliana Machado entrevista a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, que comenta sobre os pontos mais relevantes para os investidores e agentes de mercado em relação à peça que será apresentada pelo governo. Na opinião da economista, o mais importante será observar quais mudanças estruturais serão de fato aplicadas, porque essas sim serão as mais relevantes para a economia.
“A previdência dos militares, por exemplo, é extremamente importante nesse universo, porque tivemos a mudança da Previdência dos civis e os militares não entraram no ajuste”, afirma. “Parece que chegou a vez deles. Não sabemos os detalhes de como isso será promovido, mas estará contido no pacote de corte de gastos e é positivo porque tem uma magnitude alta, que pesa no orçamento.”
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