Fuga de gringos da bolsa e manobra da Receita para contornar pânico do Pix
VEJA Mercado: Fernando Luiz, gestor da Trópico Investimentos, e Cristina Helena de Mello, professora da PUC-SP, discutem assuntos do dia
VEJA Mercado | 14 de janeiro de 2025.
Os investidores estrangeiros intensificam um movimento preocupante para o mercado financeiro brasileiro. Depois de a B3 identificar a saída de 24 bilhões de reais de recursos externos da bolsa de valores em 2024 — o pior resultado em nove anos —, o ano de 2025 ainda não mostrou nenhuma reação nesse segmento. Somente nos primeiros seis pregões do ano, os gringos já sacaram 3,6 bilhões de reais da bolsa brasileira. Pesam sobre as ações a perspectiva de novas altas de juros no Brasil e as incertezas nos Estados Unidos em relação ao aquecimento da economia local e às políticas comerciais e de imigração do novo governo Trump — que podem aumentar o risco de a maior economia do mundo também subir os juros este ano.
O governo, por meio do ministro Fernando Haddad e de sua equipe na Fazenda, tem feito alguns acenos ao mercado na direção de medidas adicionais de cortes de gastos ao longo do ano de 2025. A Receita Federal tenta contornar a polêmica do Pix e esclarecer que o novo monitoramento não representa a cobrança de um novo imposto e tampouco uma manobra para taxar comerciantes.
Diego Gimenes entrevista Fernando Luiz, gestor da Trópico Investimentos, e Cristina Helena de Mello, professora de economia da PUC-SP. O especialista afirmou que a bolsa de valores ainda não está sentindo as incertezas em relação ao governo Trump e que a saída de estrangeiros do país em 2025 ainda tem como base as incertezas fiscais do Brasil. Já a professora falou sobre a tentativa da Receita de contornar a polêmica a respeito das mudanças no Pix. Ela diz que é fato que a nova legislação foi mal comunicada pelo governo e diz que os comerciantes e empresários não devem temer as mudanças, que tem como objetivo aumentar a fiscalização e combater o crime organizado. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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