Um alívio e uma preocupação para o novo presidente da Petrobras
Se arrefecimento dos preços diminui pressões dentro da empresa, indicações do governo prometem enfrentar resistência

Novo presidente da Petrobras, Caio Mario Paes de Andrade tem motivos tanto para tranquilizá-lo quanto para tirar seu sono. Altos executivos da empresa afirmam que o ambiente na empresa melhorou depois das pressões em torno do preço dos combustíveis arrefecerem. Mas nem tudo são flores. Olhos e ouvidos do ministro da Economia, Paulo Guedes, na empresa, Paes de Andrade espera enfrentar resistência na apreciação de pelo menos dois indicados do governo para o conselho de administração da Petrobras.
Os nomes de Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, secretário executivo da Casa Civil do ministro Ciro Nogueira, é o nome que mais provoca torções de narizes entre os conselheiros e diretores da empresa. “Não é insatisfação, mas análise técnica. Se criou um conjunto de regras para a realização de indicações para a Petrobras, de avaliação de competência e possível conflito de interesses”, diz um executivo. “O interesse político é um coisa, a empresa é outra. Os desejos não necessariamente coincidem”.