TJ-SP reforça bloqueio de bens de família ligada à gestora Multiplica
Decisão fala em conduta de má-fé para levar vantagem em pagamento de dívida milionária
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na figura do desembargador Virgilio de Oliveira Junior, emitiu uma decisão em que aponta para elementos de fraude num caso envolvendo a Multiplica, grupo empresarial que oferece crédito a pessoas jurídicas. O acórdão afirma que membros da família Paolucci, ligada ao grupo em questão, teriam ocultado patrimônio para evitar o pagamento de uma dívida de 5,5 milhões de reais com o empresário Carlos Alberto Guelfi.
O processo movido por Guelfi, sobre o qual a 23ª Câmara de Direito Privado do TJSP deliberou, tem mais de nove anos e, em valores atuais, o montante devido ultrapassa 20 milhões de reais. Segundo o desembargador, há “evidente confusão patrimonial entre as empresas (ligadas à família Paolucci) e seus sócios”, que teriam o objetivo de “levar vantagem abusivamente” em “conduta espúria e de má-fé”.
O acórdão reforça uma decisão liminar do desembargador que vai na mesma linha, de setembro de 2023. Foi determinado o bloqueio de bens e valores de três membros da família, Mickael Villela Brandao Paolucci, Kalvin Villela Brandao Paolucci e Gregory Villela Brandão Paolucci, o primeiro sendo controlador da Multiplica, além das empresas Diana Paolucci S/A – Indústria e Comércio, JSA Administração e Participações Ltda, Kg Corp Participações Eireli e Rubi Participações Ltda. Procurada pelo Radar Econômico, a Multiplica não se manifestou.