Tesla vai mal, e Musk ensaia saída do governo Trump
Empresário precisa ‘apagar o incêndio’ na empresa automobilística após tombo das ações e pior resultado operacional

A vida de Elon Musk vai de mal ao pior – ao menos quando o assunto é a sua empresa, a Tesla. Hoje, a companhia divulgou seus dados operacionais, em que mostra que, no primeiro trimestre deste ano, realizou uma entrega de 336,7 mil carros, número abaixo do esperado pelos analistas e também inferior aos 387 mil entregues no mesmo intervalo do ano passado.
Trata-se do pior trimestre da companhia automobilística desde 2022, diante principalmente da retaliação promovida contra Musk na Europa e em algumas regiões dos Estados Unidos, além da forte competição com os veículos elétricos chineses. A companhia também informou ter produzido um total de 362,6 mil veículos no primeiro trimestre de 2025.
A situação da Tesla não vem preocupando Musk apenas em relação à sua capacidade operacional, mas também pela visão dos investidores. Forte aliado do presidente americano, Donald Trump, Musk só viu as ações de sua empresa derreterem desde a chegada do republicano à Casa Branca: do dia 20 de janeiro até hoje, a baixa acumulada dos papéis supera os 30%.
Musk lidera atualmente o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), mas notícias na mídia americana já ventilam a possibilidade dele deixar o governo, diante das circunstâncias com a Tesla. Segundo o jornal americano Politico, Trump teria dito ao seu círculo mais próximo que Musk deixaria o governo em breve, depois de “cumprir o seu papel”.
No começo do dia, as ações da Tesla chegaram a operar em forte baixa com os dados operacionais da empresa. Ao longo do dia, com as informações sobre uma possível saída de Musk do seu cargo no governo, os papéis passaram a subir e, há pouco, tinham ganhos de 5,2%, a 282,25 dólares.