TCU quer saber se pedaladas de Dilma já foram pagas
Pedido parece trivial, mas há uma pegadinha
Na última semana, um ofício curioso do Tribunal de Contas da União (TCU), relacionado ao processo 010.173/2015-3, chegou ao Ministério da Economia. Este é o número do processo das pedaladas do governo Dilma, cujas descobertas serviram de base para definir o crime de responsabilidade que sustentou o impeachment da ex-presidente. Pois então, soube-se agora que este processo ainda não foi encerrado. Depois de quase cinco anos do impeachment, o TCU quer saber se as pedaladas — a prática do governo se financiar por meio de recursos de instituições financeiras estatais, como Caixa, Banco do Brasil e BNDES para manter programas sociais — foram pagas. E se ainda não foram, quando serão pagas.
O pedido parece trivial, mas não é. Como o TCU tem todos os valores das pedaladas até 2017 tabelados, poderá elucidar se a prática ficou realmente no passado ou se Jair Bolsonaro chegou a se lambuzar desse mel. Na conta do tribunal entrou tudo, inclusive emissão de títulos públicos comprados pelos bancos públicos e empréstimos ao BNDES para manutenção de crédito subsidiado. Por isso, na visão dos ministros, ainda pode haver saldo em aberto. O prazo dado pelo TCU para a apresentação das informações detalhadas expira no fim de março.
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